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Internacional
Quarta - 11 de Outubro de 2006 às 12:25

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O conceito de "harmonia social", defendido pelo presidente da China, Hu Jintao, será elevado a uma posição superior na política chinesa.

Essa foi a conclusão, segundo a agência oficial "Xinhua", da reunião anual do Comitê Central do maior partido comunista do mundo, o Partido Comunista da China (PCCh), que terminou hoje.

O conceito de "harmonia social será elevado a uma posição proeminente na agenda do comitê, ao mesmo tempo em que o desenvolvimento econômico será tratado como sua tarefa principal", diz o comunicado publicado ao término da reunião dos 350 membros do Comitê Central, encontro que foi feito a portas fechadas durante quatro dias.

A "harmonia social" significa dar prioridade aos avanços sociais da maioria da população frente ao grande crescimento econômico, como o registrado na China nos últimos 25 anos e defendido pelo ex-presidente Jiang Zemin.

Trata-se da primeira reunião anual do comitê em que a política social de Hu é colocada acima das reformas econômicas que a China iniciou no início dos anos 80.

"Existem muitas contradições e assuntos que impedem a harmonia social", apesar de a China ser "uma sociedade harmoniosa como um todo", diz o documento.

Segundo o comunicado, o PCCh se concentrará, nos próximos 15 anos, em melhorar o sistema legal, a proteção dos direitos humanos e os serviços públicos, além de reduzir as diferenças entre ricos e pobres, aumentar a oferta de emprego, garantir a ordem pública e proteger o meio ambiente.

No encerramento da VI Sessão Plenária do XVI Comitê Central do PCCh, foi decidida também a realização do XVII Congresso, que acontecerá no segundo semestre de 2007.

Estes congressos, essenciais para as diretrizes do PCCh, são realizados a cada cinco anos. Segundo os especialistas, espera-se que o do próximo ano renove o Comitê Permanente do Politburo, no qual Hu Jintao consolidará seu poder, após chegar à Secretaria-Geral do PCCh em 2002.

O Comitê Central é o principal órgão de poder do PCCh, que tem 70 milhões de filiados.

A reunião que terminou hoje foi feita duas semanas após a maior limpeza já registrada no PCCh em uma década, na qual o secretário do partido em Xangai, Chen Liangyu, foi retirado de seu cargo devido a um escândalo de corrupção.

A demissão é a prova do esforço do presidente Hu em se desfazer, de forma cautelosa, dos aliados do ex-líder Jiang Zemin, que, mesmo aposentado há dois anos, tinha deixado seus protegidos em alguns cargos do Comitê Permanente do Politburo, conhecidos como o "Grupo de Xangai".





Fonte: EFE

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