Berzoini teria autorizado compra do dossiê, acredita CPI
Segundo cruzamentos de informações entregues pela Polícia Federal à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das sanguessugas, a operação não era uma tentativa desesperada de virar a eleição paulista na reta final da campanha. O jornal Correio Braziliense informa que a operação teria começou antes mesmo de agosto e teve o aval de Ricardo Berzoini, coordenador da campanha à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na ocasião, para ser arrecadar o dinheiro da compra.
Após saber das informações reunidas por Expedito Veloso, Jorge Lorenzetti, animado com o que viu, teria negociado o preço do dossiê (que baixou de R$ 20 milhões para R$ 2 milhões) e informado ao também então presidente do PT, Ricardo Berzoini, que valia a pena comprá-lo.
Parlamentares da CPI dizem que Lorenzetti foi autorizado por Berzoini para movimentar a máquina petista de arrecadação a fim de juntar o dinheiro necessário, segundo o quadro montado pela PF. O encarregado para a tarefa foi Hamilton Lacerda, coordenador da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo paulista.
Origem do dinheiro As notas referentes à parte do dinheiro envolvido na compra do dossiê, R$ 25 mil reais, ainda não têm origem identificada. A princípio, a PF achou tratar-se de bancos, mas, devido ao estado físico do dinheiro, as suspeitas são de que venham de bancas do jogo do bicho.
"Nós não vimos as cédulas, mas ele (Curado) contou que estavam fedendo, umas a mofo, outros pelo manuseio mesmo. Não há dúvida que era dinheiro ilícito. E que veio de várias fontes diferentes. Agora que fontes são essas, ainda não se sabe. Pode ser jogo do bicho, bingo ou outras coisas piores", garante Júlio Delgado.
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