Propaganda política em rádio e TV recomeça amanhã

A propaganda política dos candidatos à presidência começa amanhã e os programas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Geraldo Alckmin (PSDB), serão marcados pela agressividade que deu o tom do primeiro debate entre os dois candidatos. O petista usará o terrorismo eleitoral como estratégia. O tucano mostrará as mentiras da campanha adversária, além de explorar as mazelas éticas da gestão Lula.

O primeiro programa eleitoral do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, no segundo turno, vai ser dividido em dois blocos. O primeiro seguirá uma linha propositiva, detalhando os projetos de Alckmin para o país - sobretudo aqueles voltados para o crescimento econômico. Na segunda parte, o candidato renovará as críticas ao presidente Lula.

Além de relacionar o petista com escândalos do governo e insistir na tecla da cobrança sobre a origem do dinheiro para compra de dossiê, a propaganda eletrônica tucana tentará carimbar Lula como mentiroso.

Peças serão veiculadas na tentativa de desconstruir as versões disseminadas por PT e Lula de que Alckmin iria acabar com o Bolsa Família e privatizar a Caixa Econômica Federal, a Petrobrás e o Banco do Brasil. Trechos do debate na Bandeirantes também serão exibidos para reforçar na mente do eleitor que, além de se esquivar de perguntas relacionadas à ética no governo, Lula é useiro e vezeiro em faltar com a verdade.

Um locutor repetirá que, nocauteado nos argumentos, Lula se desesperou e "maquiou informações no debate", como ter sido o governante que mais investiu em saneamento básico no Brasil em todos os tempos - segundo ele, cerca de R$ 10 bilhões. De acordo com estudo do próprio Ministério das Cidades, dirão os tucanos, FHC investiu R$13,5 bilhões.

O programa também dirá que Lula tentou iludir o eleitor ao garantir que a Transnordestina está em um estágio muito avançado, transmitindo a impressão de que em pouco tempo estará concluída. As obras começaram às pressas em junho. No bloco inicial, as realizações de Alckmin na área social, durante gestão em São Paulo, serão realçadas na tentativa de desmontar a tese difundida pelo PT de que o candidato tucano não olha para as camadas menos favorecidas da população.