Mulher acusa quatro policiais militares por crime de tortura em MT
Helena, que morava com Edno Gomes Vilela, 45, há 10 anos, estava namorando Rogério. No domingo, Edno resolveu dar um flagrante na esposa e chamou a polícia. O grupo da PM chegou ao local e fez a ocorrência como adultério. Depois levou o casal detido.
Segundo a filha de Helena, Jucilene Inácio da Silva, embora estivessem morando juntos, Edno e Helena não estavam mais vivendo como marido e mulher e que Edno sabia que Helena tinha um namorado. “Não sei o que deu nele de chamar a polícia. Nunca vi uma coisa dessas, minha mãe está acabada, bateram tanto nela, arrancaram tufos de cabelo. O estado dela é lamentável”, ressaltou.
Jucilene conta que mãe chegou a ir ao hospital onde recebeu os cinco pontos no nariz e depois foi liberada. Ela também contou que Helena passou muito mal e chegou a vomitar sangue depois da surra que levou.
O marido de Helena, que fez a denúncia, se arrependeu. De acordo com Jucilene, ele sofre de epilepsia e está internado no Hospital Regional desde ontem. “Ele viu tudo, viu quando os policiais começaram a bater nela e a puxar os cabelos dela, se arrependeu de ter chamado a polícia, mas já era tarde demais”, contou.
A delegada responsável pelo caso, Divina Aparecida Martins da Silva disse que desde o ano passado (edição do novo Código Civil) o adultério não é mais crime e mesmo se fosse não justificaria os policiais agredirem a mulher. “Helena veio aqui, fez o exame e agora vamos ouvir os policiais que estão sendo acusados”, afirmou.
Ela confirmou que houve uma possível tortura e que irá investigar os fatos e ouvir os policiais nos próximos dias. O nome dos quatro PMs denunciados por suspeita de tortura não foram revelados pela polícia.
O comando do 5º Batalhão de Polícia Militar foi procurado pela reportagem mas não foi encontrado para falar sobre o assunto.
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