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Politica Brasil
Terça - 10 de Outubro de 2006 às 16:08

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Em entrevista à Rádio Folha 96.7 FM , em Recife, no final da manhã de hoje, o ex-ministro da Saúde e terceiro colocado no primeiro turno da disputa ao governo de Pernambuco, Humberto Costa (PT), apontou uma série de equívocos no discurso do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) contra o presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governo federal, no debate que aconteceu no último domingo.

Apesar de considerar o debate "equilibrado", Humberto não poupou críticas ao tucano e ao seu projeto de governo, chegando a taxá-lo de "raivoso" e "ignorante". "Os dois tiveram bons momentos, mas o Alckmin surpreendeu porque parecia raivoso, mordendo os lábios e inquieto. Lula pareceu mais tranqüilo", avaliou.

Humberto Costa disse que Geraldo Alckmin "não tem moral para falar de ética", apontando alguns casos que ficaram sem investigação no governo de São Paulo durante a gestão do tucano. "Acho engraçado que ele fala do Aerolula, mas, até hoje, não explicou porque, sem querer me envolver na vida pessoal de ninguém, a primeira dama do Estado (São Paulo) recebe 400 vestidos de graça. Ninguém fala desse assunto", cutucou.

O ex-ministro da Saúde disse que se sentiu ofendido com a referência a seu nome feita no debate por Alckmin. "Vou analisar a possibilidade de processar Alckmin sobre a citação do meu nome no debate", anunciou. Humberto acusou o tucano de querer levar o projeto da Hemobrás para São Paulo e de não conhecer a Constituição e a Lei do Sangue no Brasil. "Ele queria levar a Hemobrás para São Paulo, para o Instituto Butantã, e agora fica dizendo essas bobagens sobre o projeto. Ele é tão ignorante que não sabe que não pode existir um modelo privado que o governo do Estado queria fazer aqui, porque a Constituição Brasileira e a Lei do Sangue dizem que o sangue e seus derivados pertencem à União, que não pode ter nenhum setor privado participando disso", argumentou.

Humberto Costa também teceu críticas ao PT de São Paulo e cobrou mais união e transparência dentro do partido, para evitar que escândalos, como o do dossiê contra os tucanos, prejudiquem companheiros da legenda que não estão envolvidos no assunto. "O partido precisa de mais transparência. Esse dossiê mesmo foi feito pela ânsia que alguns tiveram de tentar reverter a eleição em São Paulo, sem ter nenhuma preocupação com o cenário nacional", repreendeu.





Fonte: Terra

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