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Politica Brasil
Terça - 10 de Outubro de 2006 às 13:56

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Ao receber o apoio de lideranças do PMDB de Minas, no final da manhã desta terça-feira, o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva criticou os políticos que "blefam" sem cartas e voltou a atacar o adversário Geraldo Alckmin (PSDB), dizendo que o projeto dos tucanos é "destruir o setor público."

"Não adianta blefar o tempo inteiro porque uma hora toma um seis no meio da cara", disse Lula, comparando a disputa política ao jogo de truco, no qual o "seis" é o desafio que se faz ao adversário, obrigando-o a mostrar se tem cartas para vencer ou se está blefando. Lula recebeu nove deputados dirigentes peemedebistas mineiros no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente José Alencar (PRB), ex-senador pelo PMDB de Minas. Ele criticou também a "demagogia" nos debates e na televisão.

"Um bom jogador de truco tem de ser cuidadoso e blefar o menos possível. Se blefar muito o povo prefere desligar a televisão do que continuar ouvindo as conversas", acrescentou o candidato-presidente. "Eu e o Zé Alencar vamos trucar (apostar), mas trucar forte (com carta)", acrescentou.

Um dia depois de seu coordenador de campanha, Marco Aurélio Garcia, ter acusado o economista tucano Yoshiaki Nakano de pregar a "recessão e a inoperância" com um corte de despesas de 3 por cento do PIB, Lula comparou o PSDB a um "demolidor de prédios."

"O projeto deles vocês conhecem, é o projeto do desmonte", afirmou. "São especializados em destruir, em dois minutos, o que se levou dois séculos para construir. É como a demolição de um prédio, que derruba em 30 segundos o que se construiu durante anos."

Lula voltou a associar os adversários à política de privatização de empresas públicas. Ele afirmou que o Estado precisa ter empresas públicas "necessárias ao desenvolvimento e à segurança nacional," citando a Petrobras como exemplo.

No encontro com Lula, o ex-ministro da Saúde Saraiva Felipe, presidente do PMDB de Minas, entregou documento de apoio da direção regional do partido, que elegeu oito deputados em coligação com o PT e tem 183 prefeitos.

Parte do PMDB mineiro apóia Alckmin junto com o governador Aécio Neves (PSDB). "Vamos junto com o PMDB, ainda que com fissuras em alguns lugares, o que é próprio de todo partido grande," comentou Lula.





Fonte: Reuters

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