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Politica Brasil
Terça - 10 de Outubro de 2006 às 09:06

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O presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira que não vê dificuldades em conciliar forças políticas, mesmo de oposição, para votar projetos no Congresso Nacional em um eventual segundo mandato.

Para Lula, mesmo os partidos de oposição acabam por apoiar o governo nos projetos de interesse da sociedade.

"Você tem partido que quer trabalhar com o governo e tem partido que quer ser contra o governo... tem muita gente do PSDB que votou projeto do governo. Aliás, eu diria que na Câmara a maioria (votou)... às vezes fazem mais barulho, menos barulho, mas acabam votando", afirmou o presidente-candidato em entrevista à rádio Bandeirantes na manhã desta terça-feira.

"Eu acho que o presidente da República não se compõe com A ou com B, nós compomos com a maioria no Congresso Nacional", disse Lula na entrevista.

Sobre as investigações do "dossiê Serra" e, principalmente, da origem do dinheiro que seria utilizado em sua compra, Lula voltou a dizer que é o principal interessado no esclarecimento do caso.

"Eu quero saber o conjunto da obra, porque se tem uma pessoa que foi prejudicada por isso fui eu, não foram meus adversários... Quero saber quem arquitetou isso", afirmou, acrescentando que,"lamentavelmente, o Brasil tem uma cultura de ter uma política assim". Ele voltou a defender a ação da Polícia Federal e disse que "o presidente da República não julga, não prende", mas espera a investigação.

O presidente-candidato classificou de "pequenês" a atitude do candidato adversário Geraldo Alckmin (PSDB) de dizer, durante debate realizado pela Rede Bandeirantes no domingo, que vai vender o avião presidencial conhecido como "Aerolula."

"A única coisa que ele (Alckmin) sabe fazer é vender coisas... Eles, o PSDB, deveriam ser candidatos a ter uma empresa de vender as empresas estatais para pagar dívida que eles mesmos contraíram", disse o presidente.

Lula disse que o avião é patrimônio do país e não dele e que "só um maluco" pode achar que isso não é importante. O presidente disse que o avião utilizado anteriormente, o Sucatão, não tinha condições de continuar operando.

"Fico irritado com a pequenês", disse. "Acho que a pequenês demonstra a falta de visão dele", acrescentou, referindo-se a Alckmin.





Fonte: Reuters

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