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Politica Brasil
Terça - 10 de Outubro de 2006 às 07:43

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A revista IstoÉ desta semana traz uma reportagem em que trata das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre as contas bancárias do empresário Abel Pereira, apontado como o operador tucano na máfia das ambulâncias. De acordo com a reportagem "Devassa sobre Abel", assinada pelo jornalista Hugo Marques, Pereira é apontado pelos chefes dos sanguessugas como operador de Barjas Negri (PSDB), o último ministro da Saúde na gestão de Fernando Henrique Cardoso.

Segundo a matéria, a Polícia Federal e o Ministério Público investigam um lote de documentos que poderão levar à efetiva participação de Barjas Negri no esquema de superfaturamento na compra de ambulâncias. "São cheques e depósitos bancários que comprometem o empresário paulista Abel Pereira, apontado pelos empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin - os chefes dos sanguessugas - como o operador do ex-ministro. Ainda essa semana, Abel será chamado para depor e terá que explicar as suas relações com os Vedoin", informa a reportagem.

Durante o depoimento, devem ser colocadas diante do empresário as cópias de 15 cheques que totalizam R$ 601,2 mil. "Esses cheques, teriam sido entregues a Abel, como propina pela venda das ambulâncias superfaturadas. As respostas dadas por Abel, serão confrontadas futuramente com os dados obtidos a partir da quebra do sigilo bancário do empresário, solicitada à Justiça Federal pelo Ministério Público e pela PF. Além disso, a polícia também está trabalhando no rastreamento desses cheques. Dessa forma, mesmo que eles não tenham passado pelas contas do empresário, se descobrirá o destino que tiveram e os favorecidos terão que prestar esclarecimentos", aponta a IstoÉ.

De acordo com a revista, a documentação e os depoimentos prestados pelos Vedoin somam-se às gravações telefônicas que vinham sendo efetuadas na investigação dos sanguessugas. "Há o registro de diversos telefonemas entre Abel e Luiz Antônio. Segundo o depoimento de Vedoin, Abel agia em nome do ministro Barjas Negri, ex-secretário executivo do Ministério na gestão de José Serra e seu sucessor a partir de março de 2002". Hoje, Negri é prefeito de Piracicaba, no interior de São Paulo.

Segundo a IstoÉ, "quanto mais os investigadores remexem na máfia dos sanguessugas, mais descobrem ligações com o PSDB". "Em 2001, segundo documentos disponibilizados pelos Vedoin, toda a bancada do partido estava unida em torno da liberação de dinheiro para a compra de ambulâncias. Quem indicava os municípios a serem contemplados pelo Ministério da Saúde era o deputado Lino Rossi, na época do PSDB. Entre os parlamentares que autorizavam Lino a operar o dinheiro das emendas com a máfia estão os ex-deputados Ricarte Freitas e Pedro Henry, além do senador Antero Paes de Barros. Todos estavam no PSDB".





Fonte: 24HorasNews

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