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Politica Brasil
Segunda - 09 de Outubro de 2006 às 16:00

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O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta segunda-feira que demonstrou indignação no debate de domingo com o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva, sem, no entanto, admitir que tenha sido agressivo no encontro.

"Eu acho que externei um sentimento de indignação do povo brasileiro. Isso aí estava parado na garganta de todo mundo. Fui instrumento do povo", disse Alckmin a jornalistas em seu comitê de campanha em São Paulo.

Antes disso, ele se reuniu com os presidentes do PSDB, senador Tasso Jereissati, do PFL, senador Jorge Bornhausen, e do PPS, deputado Roberto Freire, para fazer uma avaliação do debate e tratar dos próximos passos de sua campanha.

"O tom não é agressivo, eu estou absolutamente zem. Tranquilo né? Dormi tranquilo, com a consciência tranquila. Agora, nós temos que ser verdadeiros", acrescentou Alckmin.

Durante o primeiro debate do segundo turno, organizado pela Rede Bandeirante no domingo à noite, Alckmin partiu para o ataque em um tom bem mais agressivo do que o utilizado normalmente. Citou os casos de corrupção envolvendo petistas, como o chamado "dossiê Serra", e criticou veementemente gastos públicos que, segundo ele, não são necessários.

Alckmin argumentou nesta tarde que as críticas mais fortes a Lula não vieram antes porque o petista "fugiu" dos debates no primeiro turno. "Eu gosto de falar as coisas na frente das pessoas", afirmou.

Para o tucano, Lula erra ao lembrar do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Fernando Henrique não é candidato, ele (Lula) está com os olhos no passado, nós temos que discutir o futuro."

O ex-governador voltou a dizer que as acusações de Lula de que ele pretende privatizar as estatais são absurdas. Alckmin disse que pretende "despartidarizar" os cargos nas estatais, dando prioridade aos funcionários de carreira e concursados.

Indagado se pretende manter a discussão ética como foco central de sua campanha no segundo turno, Alckmin disse que a questão central a ser discutida é a econômica.

"É crescimento, emprego, renda e trabalho... A outra é a questão ética, que também é importante, de valores e princípios", afirmou.

Mais cedo, Bornhausen fez uma avaliação bem positiva da participação do tucano no encontro de domingo.

"Eu acho que o debate ficou muito claro, o candidato Geraldo Alckmin cobrou a ética na política e cobrou (a origem) do dinheiro, cuja explicação o presidente Lula deve à toda a sociedade. Na verdade, o Lula omitiu, mentiu e perdeu", disse o senador pefelista.

Alckmin disse ainda que respondeu carta enviada pelo PDT, que estuda declarar apoio a sua candidatura. Segundo o tucano, os compromissos dos pedetistas são coincidentes com os seus.





Fonte: Reuters

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