Acorizal e Diamantino têm Centros Históricos tombados
O processo de tombamento teve início em abril deste ano, quando uma equipe da Secretaria de Cultura visitou as duas cidades para começar o inventário. Também houve um diálogo com a comunidade que aceitou com grande satisfação o tombamento. A população reconhece a importância da ação.
De acordo com a coordenadora de Patrimônio da SEC, Maria Antúlia Leventi, as Prefeituras de Acorizal e Diamantino foram parceiras e colaboraram na montagem do processo de tombamento. Ela explica que a ação de tombamento é o reconhecimento do bem cultural em Patrimônio e através dele é possível proteger e recuperar os bens que fazem parte da história.
O secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, diz que a ação serve para reforçar a linha de trabalho do Governo do Estado em preservar e recuperar o Patrimônio Histórico. “Dentro dessa ação de trabalho estamos observando todo o Estado. Estamos tombando para salvar o pouco que ainda resta do nosso passado arquitetônico, sendo que a maioria já foi substituída. Fazer a população enxergar o futuro através do passado”, afirmou.
Em Acorizal a área tombada é de 18.600 m² e uma área de entorno de 46.200 m², o que equivale a um raio de 50 metros a partir da área tombada. A maior parte das edificações do Centro Histórico está localizada entre a rua de Brotas, avenida Beira Rio e avenida Mato Grosso. O nome da cidade é originário da palmeira “Acori”, que cobre todo o território. A economia é voltada para o fornecimento de cereais (arroz, feijão, milho) e outros produtos da roça com destaque para a mandioca (farinha de mandioca). O primeiro nome da cidade foi Brotas, em decorrência de Nossa Senhora das Brotas a mais antiga da cidade.
Já em Diamantino, o Centro Histórico está localizado ao longo das ruas: Monsenhour Doudrenelf, Marechal Rondon, Benedito Moreira, Almirante Batista das Neves, deste município. A área tombada é de 15.980m², com um entorno de proteção com 34.000m².
A história de Diamantino é de uma peculiar riqueza. O município passou por todos os ciclos econômicos estaduais e foi porta de entrada para a colonização da Amazônia Mato-grossense nos anos 70. O Capitão-Mor sorocabano Gabriel Antunes Maciel chegou ao Chapadão dos Parecis, onde as águas das bacias Amazônicas e do Prata se dividem. Impressionado com a riqueza do ouro e do diamante que os subordinados arrancavam fácil do subsolo e dos leitos dos rios, e encantado com as belezas naturais do lugar fundou o Arraial do Ouro do Alto Paraguai Diamantino, hoje Diamantino.
Comentários