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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Segunda - 09 de Outubro de 2006 às 09:00

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, disse neste domingo, logo após participar do debate da Band, que seu adversário, o tucano Geraldo Alckmin é um "samba de uma nota só".

Durante o debate, Alckmin insistiu bastante na questão da corrupção, sobretudo no que diz respeito ao último escândalo: a tentativa de compra de um dossiê antitucano.

Na opinião de Lula, seu adversário usou essa estratégia porque a questão do dossiê era a "única coisa que ele podia discutir comigo".

"Ele não tem como discutir economia, não tem como discutir políticas sociais, desenvolvimento. Então, ele é o samba de uma nota só", disse o presidente no momento em que deixava a emissora.

Informado de que tinha sido chamado de "samba de uma nota só", o candidato do PSDB insistiu que Lula "enrolou", mas não respondeu.

"Teve duas horas para dizer de onde vem o dinheiro. Não precisa fazer tortura, como ele falou, é só perguntar para os seus amigos do PT", alfinetou Alckmin.

Os dois presidenciáveis evitaram a imprensa ao término do debate. Deram depoimentos breves e saíram escoltados por seguranças.

Alckmin chegou a dizer que considerou ótima sua participação. O presidente Lula mandou os jornalistas perguntarem sobre sua performance aos telespectadores que assistiram ao debate.

Clima

Com as "tropas de choque" dos dois partidos presentes, a platéia foi um dos participantes do debate. A ponto do mediador, o jornalista Ricardo Boechat, ter de pedir silêncio ao menos duas vezes.

De um lado, estava a cúpula petista e seus aliados. Entre eles, os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais), Guido Mantega (Fazenda), Márcio Thomaz Bastos (Justiça), Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Marinho (Trabalho), o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B), o vice-presidente José Alencar, os senadores Eduardo Suplicy e Aloizio Mercadante, entre outros.

Do outro, as lideranças tucanas. Desde o presidente do partido, Tasso Jereissati, passando pelo governador eleito de São Paulo, José Serra, e os senadores Arthur Virgílio e Sérgio Guerra. Também estavam figuras do PFL, como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o senador Romeu Tuma.

Do ponto onde estavam os candidatos, a platéia estava curiosamente dividida com apoiadores de Lula à esquerda e entusiastas de Alckmin à direita.

Ao final de todos os cinco blocos, a platéia se manifestou com aplausos. Ao fim do debate, os aplausos foram em pé e bastante entusiasmados dos dois lados. Gritos de vitória, aliados a acenos de braços, foram ouvidos nos minutos que sucederam o término do programa.

Como o debate foi marcado por acusações e trocas de farpas, a platéia também participou com risos, comentários e vibrações a cada comentário dos candidatos. Tanto apoiadores de Alckmin como de Lula pareciam tranqüilos e otimistas com o desempenho de seu candidato. Pelo menos, não deixaram transparecer se estavam preocupados.

Foi, sem dúvida, um debate muito mais "quente" do que os três que foram realizados no primeiro turno das eleições --Band, Gazeta e Globo. E pode ter sido um precursor do que será a campanha eleitoral neste segundo turno: cheio de acusações.





Fonte: Folha de S. Paulo

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