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Cultura
Segunda - 09 de Outubro de 2006 às 07:58
Por: Luiz Fernando Vieira

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A semana reserva grandes atrações para quem gosta de dança. Começa nesta terça-feira (dia 10), com o espetáculo Cântico, com o Grupo Art"Expressão. E, de quarta até domingo, várias atividades desenvolvidas pelo pessoal da Cia. de Dança do Amazonas têm esta nobre arte como elemento principal. São discussões, oficinas e um espetáculo, fruto de pesquisas desenvolvidas pelo grupo e que tem a Amazônia como fonte de inspiração.

Elka Victorino, do grupo Art"Expressão, explica que Cântico nasceu no projeto Leituras de Movimento, uma iniciativa do Sesc Arsenal para o fomento da produção de dança contemporânea. A idéia é oferecer subsídios para que, a cada edição, quatro grupos possam desenvolver metodologia de pesquisa em dança. Segundo ela, o Leituras foi criado para estimular atores e bailarinos a pesquisar e desenvolver movimentos com o corpo, baseados em obras literárias. Eles são resultado da concepção que os bailarinos fazem dos textos, acrescenta.

No caso de Cântico, eles foram criados em cima de poemas de Mário Quintana, escritor nascido em Alegrete, no Rio Grande do Sul. A diretora do espetáculo explica que foram usados todos os poemas de O Aprendiz de Feiticeiro (1950), o que originou uma grande variedade de idéias, sentimentos e sensações. "Como a companhia tem uma amizade muito grande, isso fluiu rápido com os bailarinos", conta.

Cântico, que tem 25 minutos de duração, será apresentado às 14h30, no Salão Social, e contará com a direção de Elka Victorino, coreografia do próprio grupo Art"Expressão e as interpretações de Adrian D"agostino, Daniele Ito, Elka Victorino, Giselle Moreno, Roberta Ferreira, Khadine Novaczyk, Letícia Mota, Raphnne Duarte, Lucas Budóia, Rafael Cerigato, Thiago Passos.

Inspiração amazônica - A partir desta quarta-feira (dia 11), a Cia. de Dança do Amazonas (CDA), dirigida pela renomada Ivonice Satie, participa de alguns projetos do Sesc e finaliza a passagem por Cuiabá com a apresentação do espetáculo Grito Verde (de 13 a 15 de outubro), dentro de mais uma etapa do Palco Giratório 2006. Como o próprio nome já diz, é uma oportunidade que o Sesc dá aos grupos de circular pelo país mostrando seu trabalho e aproveitando a oportunidade para compartilhar e trocar experiências. Além de se apresentar, a CDA participará de oficina, bate-papos, debates e intervenções urbanas.

Na quarta mesmo, às 19 horas, no Salão Social, eles integram o Pensamentos Giratórios, mais um desdobramento do projeto onde o pensamento está à disposição da arte e vice-versa. A partir do tema "Corpo: assunto de arte", os integrantes da Cia. e o professor msc. Marcos Roberto Godoi realizarão uma conversa bem solta, aberta às contribuições do público presente. A entrada é franca.

De 12 a 15 de outubro, das 8h às 12 h, no salão de dança, a CDA realiza uma oficina. Considerando o objetivo de circulação da arte, o intercâmbio e o desenvolvimento artístico e cultural dos cidadãos, a atividade é uma das formas mais eficazes de estimular e promover a reciclagem de iniciados, iniciantes e profissionais das artes cênicas. Serão oferecidas 20 vagas para oficina de dança na qual a Cia, através de aulas teóricas e práticas, falará sobre a trajetória, repertório e experiências do grupo e trabalhará técnicas de clássico, pás de deux (linha neoclássico para o contemporâneo), contemporâneo e improvisação corporal. Para a inscrição é necessário levar um litro de leite longa vida.

No dia 16, a companhia invade as ruas de Cuiabá (07h30, 12h e 18h) para mais um Dança: Fome Zero. Ele consiste na execução das intervenções urbanas, que são a forma por excelência da arte de rua, uma relação total com o espaço público. São apresentações transgressoras em forma de cenas curtas, esquetes, performances, happenings, intervenções urbanas ou arte pública, com o objetivo de instigar e surpreender o público no cotidiano das ruas das cidades. Nesta etapa serão realizadas três apresentações da intervenção "Impressões Digitais", com os bailarinos Luciano Oliveira e Marcilene Maria.

Origem - A Companhia de Dança do Amazonas (CDA) foi criada em 1998 pelo Governo do Amazonas através da Secretaria de Estado da Cultura, para compor os corpos artísticos do Teatro Amazonas. Mantém uma programação artística com repertório diverso desejando abranger os múltiplos aspectos da dança contemporânea brasileira. Para isso tem realizado criações com a colaboração de artistas convidados do Brasil e Exterior.

Entre as diretrizes dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo estão: contribuir e proporcionar o enriquecimento no plano da difusão cultural, com uma programação que visa a formação de um público crítico que receba em cada apresentação a qualidade, toda energia e paixão que o CDA tem no seu jeito de fazer a dança.

Serviço - Mais informações pelo telefone 3616-6900.




Fonte: A Gazeta

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