Blairo Maggi vai apoiar reeleição de Lula
Apesar de o PPS já ter tirado uma orientação nesse sentido, em reunião realizada na noite de quinta-feira, o posicionamento do governador ainda não foi assumido publicamente.
“Nós firmamos um compromisso de avaliar essa situação na segunda-feira”, disse o primeiro suplente de senador eleito, Luiz Antônio Pagot (PPS). Porém, Pagot ressaltou que vários partidos que compõem a base de sustentação do governo Maggi, a exemplo de PTB, PMDB, PAN, PSB, PL e do próprio PPS, já declararam apoio a Lula.
“O PFL, por motivos óbvios, está apoiando o (Geraldo) Alckmin (PSDB)”, disse Pagot, que deve retornar à Secretaria da Casa Civil nos próximos dias. O candidato a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin é o senador José Jorge (PFL-MT).
Pagot afirma que vai aguardar o posicionamento oficial do governador sobre o assunto para depois se manifestar. “Eu conheço muito bem o meu lugar e enquanto o governador não se manifestar não falo sobre o meu posicionamento”, ressaltou.
O presidente da Executiva Estadual do PPS, deputado eleito Percival Muniz, afirmou que o partido tirou uma indicação de apoio à candidatura de Lula. No entanto, segundo ele, como a reunião de quinta-feira não foi convocada por edital, não foi tirada uma resolução e sim uma orientação.
Para o dirigente, a orientação do PPS influencia a decisão do governador, uma vez que foi o posicionamento da maioria dos líderes do partido. “Mas vamos esperar a reunião de segunda-feira do governador com a bancada e, no mesmo dia, deveremos fazer uma reunião oficial”, disse Muniz.
No entanto, Percival ressalta que, como a orientação da Executiva Nacional é de apoio a Geraldo Alckmin, o partido não vai fechar questão sobre o assunto para evitar um conflito com a direção nacional.
Dessa forma, os partidários que quiserem apoiar o candidato tucano, a exemplo de Homero Pereira e Wagner Simplício que se manifestaram nesse sentido, poderão fazê-lo. Homero, inclusive, tem repensado seu posicionamento.
O presidente do PPS declarou que o seu posicionamento é de apoio à reeleição de Lula. “Sofremos dois anos e meio sem que o governo federal entendesse as nossas necessidades. Hoje estamos com projetos encaminhados em todos os ministérios, então eu acho que uma mudança de governo agora pode atrasar tudo de novo”, argumentou.
Para Muniz, o apoio a Lula é uma decisão pragmática. “Como a base econômica dos dois é a mesma, a manutenção de Lula é melhor para dar continuidade aos projetos de Mato Grosso”, defendeu ao dar uma demonstração de como será o tom da campanha.
Segundo Pagot, a maioria dos líderes que participaram da reunião, inclusive Pagot, se manifestou pelo apoio a Lula, que nesta semana já pediu apoio de Maggi.
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