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Mais jovem deputado eleito, Maksuês projeta um mandato popular
Eleito com 15.138 votos, o jornalista Maksuês Leite, assume em janeiro uma vaga na Assembléia Legislativa de Mato Grosso na condição de parlamentar mais jovem eleito com apenas 32 anos. Natural de Várzea Grande, ele só foi saber da vitória no último instante quando o seu partido, o PP, conquistou a 4ª vaga.
Na entrevista concedida na sede do MidiaNews, o novo deputado que também é empresário dono do site e jornal O Documento, afirmou que vai ser um “opositor ferrenho” a gestão do prefeito várzea-grandense, Murilo Domingos (PPS). veja os principais trechos da entrevista:
MidiaNews - Você tem 32 anos e foi eleito o deputado estadual mais jovem neste pleito. Como foi essa trajetória até chegar a Assembléia Legislativa?
Maksuês Leite - Na verdade tenho que agradecer a Deus porque foi uma vitória espetacular, uma virada nos últimos momentos. Quando abriram as urnas em Várzea Grande veio a grande surpresa: obtive cerca de 12 mil votos. Nenhuma pesquisa projetava isso e nem nós imaginávamos que chegaríamos a essa votação. Tivemos um bom desempenho também em Cuiabá. No interior onde os votos foram “pingados”, atingimos mais de 30 municípios, fora do eixo metropolitano. Foi uma somatória de muita garra, luta e um trabalho construído desde as eleições de prefeito para Várzea Grande em 2004.
MidiaNews - Você foi o segundo candidato com base em Várzea Grande mais votado nesta eleição ficando atrás apenas do Wallace. A que se deve esse crescimento da sua votação na cidade?
Maksuês - Quando nós perdemos a eleição em 2004 eu comecei a fazer oposição ao prefeito Murilo Domingos. Não uma oposição por oposição, mas por ver os encaminhamentos administrativos errados na cidade. Fiquei dois anos andando pela cidade, percorrendo os bairros. Perdi as eleições no dia 4 de outubro de 2004 e no dia 5 eu já estava nas ruas. O povo entendeu e viu a necessidade de me dar essa chance. Logo após a minha eleição, o várzea-grandense fez uma festa como se fosse uma torcida de futebol. Por onde passei até os eleitores que não votaram em mim me carregavam como se eu fosse um troféu da cidade. Isso é uma responsabilidade muito grande. Vou ter que desempenhar um bom papel. Não tenho o direito de frustrar o eleitor.
MidiaNews - Qual a região em Várzea Grande que você obteve a maior votação?
Maksuês - O Grande Glória é nossa base política e eu obtive por urna lá cerca de 70 votos. Teve urna que eu fiz 90% dos votos. Foi uma votação de prefeito sendo que a disputa é proporcional. Dos 12 mil votos só no Grande Glória foram sete mil. Conquistamos a quarta vaga do PP com 15.138 votos somados Cuiabá e interior.
MidiaNews - São raros os casos de deputados que têm uma votação em todo o Estado. Hoje, não de direito, mas de fato, está se criando o voto distrital. Você, inegavelmente, será um parlamentar com o foco em Várzea Grande. Que análise você faz da administração do prefeito Murilo Domingos.
Maksuês - Eu não tenho nada pessoal contra o prefeito, mas ele está perdido administrativamente. Não há comando na prefeitura. Murilo não diz para que veio. Não há controle contábil, não temos pregão eletrônico e, nem sequer, vemos a presença do prefeito na cidade. Porque prefeito é diferente de um parlamentar é como se fosse um xerife do município. É quem cuida da parte de saneamento, de água tratada, troca lâmpada queimada, jardinagem, é ele quem ouve o cidadão. Isso não existe. Se o prefeito não tem essa disposição física, não tem energia suficiente, quem dera os secretariados. Por falta da presença do prefeito nós temos a imagem de uma cidade abandonada, suja, sem direção, sem rumo. Costumo dizer que Várzea Grande vive dias de pesadelo. Como parlamentar vou exercer uma oposição ferrenha ao Murilo Domingos. Infelizmente foi um erro que Várzea Grande cometeu, mas que pode ser reparado daqui a dois anos.
MidiaNews - Embora ainda cedo chega a ser inevitável a pergunta. Você pretende novamente disputar à prefeitura de Várzea Grande?
Maksuês - Não posso negar isso até porque tive uma votação muito expressiva no município. Mas vou discutir o assunto só em 2008. Agora tenho um mandato a ser cumprido, promessas e propostas de campanha a serem cumpridas. Não tenho direito ainda de colocar em debate um processo eleitoral. É claro que vou participar dele sendo candidato ou não. Eu estarei presente no processo eleitoral de Várzea Grande, que é minha cidade natal, porém, acho muito prematuro debater o assunto agora. Mas é bom ressaltar, Várzea Grande tem bons nomes, como o próprio Dr. Wallace, o ex-deputado Nico Baracat, o presidente da Câmara, Gonçalo Almeida. Mais a frente vamos sentar com muita maturidade para encontrar um rumo administrativo para essa cidade. É isso que eu proponho, não é nem o Maksuês, mas sim alguém que simbolize uma solução para os problemas crônicos que a cidade tem hoje.
MidiaNews - Como você pretende desempenhar a sua atuação parlamentar?
Maksuês - Há vários parlamentares que chegam ao mandato endividados, que não é meu caso. Minha dívida é com o povo, não tenho dívida financeira. Vou chegar muito à vontade na Assembléia, sem compromissos econômicos. Vamos fazer um mandato transparente e popular. Temos o projeto dos mutirões comunitários, que levará o nosso gabinete aos bairros de Cuiabá e Várzea Grande, com serviços gratuitos ao povo. Porque a pior coisa que tem para o eleitor é ele votar, o político sumir e só voltar quatro anos depois. Para quebrar este ciclo eu defini que toda segunda-feira no meu gabinete será dia de atendimento ao público.
MidiaNews - Aliado a esse seu estilo de fazer política quais as propostas irá defender no Legislativo?
Maksuês - Vamos lutar muito para concretizar o projeto do Aglomerado Urbano na região metropolitana, Cuiabá – Várzea Grande. E mais, um dado preocupante. Hoje a maioria das pequenas e médias empresas está indo ou para Sinop no Nortão ou para Rondonópolis, na região Sul do estado e a nossa região metropolitana está ficando sem indústria, sem emprego. E isso não é por culpa do governador, mas por falta de ação da bancada de Várzea Grande na Assembléia. Então este vai ser um ponto que eu vou levantar. Vou cobrar muito do secretario de Indústria e Comércio, que ele discuta com a sociedade civil organizada o encaminhamento dessas empresas que estão vindo de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná para os grandes centros aqui de Mato Grosso. Em resumo. Vai ser um mandato popular de muito debate, aberto à sociedade. Porque esse mandato não foi comprado, mas ganho nas urnas. Eu tenho mais do que obrigação de debater todo e qualquer assunto em plenário, em pauta de votação em discussão no meu gabinete.
MidiaNews - E em relação a eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa?
Maksuês - Eu tenho um compromisso e vou cumpri-lo com o deputado Riva, que foi campeão de votos no estado de Mato Grosso três vezes consecutivas, em 1998, 2002 e 2006. Se é campeão de votos é porque tem o apoio do povo. Ninguém faz 82 mil votos por fazer. O Riva comandou essa frente do Partido Progressista e nós vamos caminhar com ele na Mesa Diretora. Os parlamentares eleitos pelo PP fecharam questão esta semana sobre o assunto. O apoio será dado a Riva para a primeira-secretaria e a presidência ficará a cargo da bancada governista, PFL, PPS ou PMDB, indicar.
MidiaNews - A Assembléia contará no ano que vem com treze novos deputados, uma renovação de mais de 50%. Você acredita que a renovação ajudará a melhorar o desempenho do legislativo?
Maksuês - Renovação é importante porque abre a possibilidade de novas idéias. Na reforma política eu defendo a fidelidade partidária, defendo que o parlamentar não pode eleger-se ao mesmo cargo mais que uma vez, defendo que precisamos ter um profundo zelo pela coisa pública. Sou contra a reeleição em mandatos do Executivo porque toda renovação significa mais determinação, mais trabalho, mais vontade. Sou defensor da troca, da mudança, do avanço. Quando você tem uma renovação dessas é uma indicação do povo de que é preciso seguir outro caminho.
MidiaNews - Blairo Maggi foi reeleito com 65% dos votos e você integra a base governista. Como é que você acha que deve se dar esse segundo mandato do governador?
Maksuês - O governador acertou muito no primeiro mandato, com o choque de gestão e moralidade, mas entendo que é preciso promover algumas mudanças. Vou sugerir como deputado eleito que ele invista em especial na Educação. Vejo falhas graves nesse setor. Ouvi muita reclamação nas ruas e vou levar isso ao conhecimento do governador. Outra questão. Precisamos definir as parcerias. Maggi foi um bom técnico, um governador que marcou o mandato, mas ele precisa nesta segunda gestão ser um pouco mais político. Tem que ter um diálogo mais aberto com os poderes, com os deputados, enfim, precisa ter uma mobilidade política maior, essa é a minha opinião. Maggi hoje tem uma situação consolidada dentro de Mato Grosso, mas para que alce vôos maiores, podendo até ser presidente da República ou um grande senador em nível nacional ele precisa dessa mobilidade política.
MidiaNews - O seu partido teve um bom desempenho nas urnas, elegeu dois deputados federais e quatro deputados estaduais. Qual será o papel do PP nesse futuro governo?
Maksuês - O PP é uma das maiores forças políticas no Estado com uma bancada de quatro deputados estaduais e dois federais. Mato Grosso é um estado periférico dentro da federação, depende muito de Brasília e de convênios, o que torna o PP um partido muito importante. Nós temos nosso peso e nosso tamanho. O governador já me disse que fará alterações no segundo mandato e creio que temos bons quadros preparados tecnicamente para ocupar espaço no governo, para ser gerente de gestão e colaborar com Mato Grosso.
MidiaNews - Quando o governador fala em uma administração técnica você não acha que ele se afasta um pouco do quadro político? E como não compor um segundo mandato mais político após a formação da ampla aliança partidária que o elegeu?
Maksuês - O governador ganhou a primeira eleição saindo do setor empresarial. Porém, nestes quatro anos ele se adaptou a política. Tanto é que ele se reelegeu bem e mostrou sua capacidade política ao costurar o arco de aliança que o apoiou. Então, no segundo mandato acredito que teremos um novo Maggi, com mais roupagem política, com mais mobilidade, jogo de cintura. Enfim, um governo mais político.
MidiaNews - Para encerrar. Lula ou Alckmin?
Maksuês - Eu sempre tive uma simpatia pelo Lula, na juventude, devido ao perfil da minha militância. Porém, o Lula decepcionou a mim e a milhões de brasileiros. Um governo corrupto, sem pulso, um governo que sequer fez a lição de casa de cuidar bem do erário. No primeiro turno já votei no Alckmin e agora vou trabalhar junto com a coordenação da campanha dele aqui em Mato Grosso. Quando alguns jornalistas falam que Mato Grosso não passa pelo mapa da eleição do Brasil, passa sim, meio por cento pode decidir uma eleição em um segundo turno disputado. Não é qualquer um que governa o estado de São Paulo como ele governou, por duas vezes. Tem preparo, determinação e o Brasil terá a chance de ter um dos maiores estadistas elegendo Geraldo Alckmin como presidente da República.
Na entrevista concedida na sede do MidiaNews, o novo deputado que também é empresário dono do site e jornal O Documento, afirmou que vai ser um “opositor ferrenho” a gestão do prefeito várzea-grandense, Murilo Domingos (PPS). veja os principais trechos da entrevista:
MidiaNews - Você tem 32 anos e foi eleito o deputado estadual mais jovem neste pleito. Como foi essa trajetória até chegar a Assembléia Legislativa?
Maksuês Leite - Na verdade tenho que agradecer a Deus porque foi uma vitória espetacular, uma virada nos últimos momentos. Quando abriram as urnas em Várzea Grande veio a grande surpresa: obtive cerca de 12 mil votos. Nenhuma pesquisa projetava isso e nem nós imaginávamos que chegaríamos a essa votação. Tivemos um bom desempenho também em Cuiabá. No interior onde os votos foram “pingados”, atingimos mais de 30 municípios, fora do eixo metropolitano. Foi uma somatória de muita garra, luta e um trabalho construído desde as eleições de prefeito para Várzea Grande em 2004.
MidiaNews - Você foi o segundo candidato com base em Várzea Grande mais votado nesta eleição ficando atrás apenas do Wallace. A que se deve esse crescimento da sua votação na cidade?
Maksuês - Quando nós perdemos a eleição em 2004 eu comecei a fazer oposição ao prefeito Murilo Domingos. Não uma oposição por oposição, mas por ver os encaminhamentos administrativos errados na cidade. Fiquei dois anos andando pela cidade, percorrendo os bairros. Perdi as eleições no dia 4 de outubro de 2004 e no dia 5 eu já estava nas ruas. O povo entendeu e viu a necessidade de me dar essa chance. Logo após a minha eleição, o várzea-grandense fez uma festa como se fosse uma torcida de futebol. Por onde passei até os eleitores que não votaram em mim me carregavam como se eu fosse um troféu da cidade. Isso é uma responsabilidade muito grande. Vou ter que desempenhar um bom papel. Não tenho o direito de frustrar o eleitor.
MidiaNews - Qual a região em Várzea Grande que você obteve a maior votação?
Maksuês - O Grande Glória é nossa base política e eu obtive por urna lá cerca de 70 votos. Teve urna que eu fiz 90% dos votos. Foi uma votação de prefeito sendo que a disputa é proporcional. Dos 12 mil votos só no Grande Glória foram sete mil. Conquistamos a quarta vaga do PP com 15.138 votos somados Cuiabá e interior.
MidiaNews - São raros os casos de deputados que têm uma votação em todo o Estado. Hoje, não de direito, mas de fato, está se criando o voto distrital. Você, inegavelmente, será um parlamentar com o foco em Várzea Grande. Que análise você faz da administração do prefeito Murilo Domingos.
Maksuês - Eu não tenho nada pessoal contra o prefeito, mas ele está perdido administrativamente. Não há comando na prefeitura. Murilo não diz para que veio. Não há controle contábil, não temos pregão eletrônico e, nem sequer, vemos a presença do prefeito na cidade. Porque prefeito é diferente de um parlamentar é como se fosse um xerife do município. É quem cuida da parte de saneamento, de água tratada, troca lâmpada queimada, jardinagem, é ele quem ouve o cidadão. Isso não existe. Se o prefeito não tem essa disposição física, não tem energia suficiente, quem dera os secretariados. Por falta da presença do prefeito nós temos a imagem de uma cidade abandonada, suja, sem direção, sem rumo. Costumo dizer que Várzea Grande vive dias de pesadelo. Como parlamentar vou exercer uma oposição ferrenha ao Murilo Domingos. Infelizmente foi um erro que Várzea Grande cometeu, mas que pode ser reparado daqui a dois anos.
MidiaNews - Embora ainda cedo chega a ser inevitável a pergunta. Você pretende novamente disputar à prefeitura de Várzea Grande?
Maksuês - Não posso negar isso até porque tive uma votação muito expressiva no município. Mas vou discutir o assunto só em 2008. Agora tenho um mandato a ser cumprido, promessas e propostas de campanha a serem cumpridas. Não tenho direito ainda de colocar em debate um processo eleitoral. É claro que vou participar dele sendo candidato ou não. Eu estarei presente no processo eleitoral de Várzea Grande, que é minha cidade natal, porém, acho muito prematuro debater o assunto agora. Mas é bom ressaltar, Várzea Grande tem bons nomes, como o próprio Dr. Wallace, o ex-deputado Nico Baracat, o presidente da Câmara, Gonçalo Almeida. Mais a frente vamos sentar com muita maturidade para encontrar um rumo administrativo para essa cidade. É isso que eu proponho, não é nem o Maksuês, mas sim alguém que simbolize uma solução para os problemas crônicos que a cidade tem hoje.
MidiaNews - Como você pretende desempenhar a sua atuação parlamentar?
Maksuês - Há vários parlamentares que chegam ao mandato endividados, que não é meu caso. Minha dívida é com o povo, não tenho dívida financeira. Vou chegar muito à vontade na Assembléia, sem compromissos econômicos. Vamos fazer um mandato transparente e popular. Temos o projeto dos mutirões comunitários, que levará o nosso gabinete aos bairros de Cuiabá e Várzea Grande, com serviços gratuitos ao povo. Porque a pior coisa que tem para o eleitor é ele votar, o político sumir e só voltar quatro anos depois. Para quebrar este ciclo eu defini que toda segunda-feira no meu gabinete será dia de atendimento ao público.
MidiaNews - Aliado a esse seu estilo de fazer política quais as propostas irá defender no Legislativo?
Maksuês - Vamos lutar muito para concretizar o projeto do Aglomerado Urbano na região metropolitana, Cuiabá – Várzea Grande. E mais, um dado preocupante. Hoje a maioria das pequenas e médias empresas está indo ou para Sinop no Nortão ou para Rondonópolis, na região Sul do estado e a nossa região metropolitana está ficando sem indústria, sem emprego. E isso não é por culpa do governador, mas por falta de ação da bancada de Várzea Grande na Assembléia. Então este vai ser um ponto que eu vou levantar. Vou cobrar muito do secretario de Indústria e Comércio, que ele discuta com a sociedade civil organizada o encaminhamento dessas empresas que estão vindo de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná para os grandes centros aqui de Mato Grosso. Em resumo. Vai ser um mandato popular de muito debate, aberto à sociedade. Porque esse mandato não foi comprado, mas ganho nas urnas. Eu tenho mais do que obrigação de debater todo e qualquer assunto em plenário, em pauta de votação em discussão no meu gabinete.
MidiaNews - E em relação a eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa?
Maksuês - Eu tenho um compromisso e vou cumpri-lo com o deputado Riva, que foi campeão de votos no estado de Mato Grosso três vezes consecutivas, em 1998, 2002 e 2006. Se é campeão de votos é porque tem o apoio do povo. Ninguém faz 82 mil votos por fazer. O Riva comandou essa frente do Partido Progressista e nós vamos caminhar com ele na Mesa Diretora. Os parlamentares eleitos pelo PP fecharam questão esta semana sobre o assunto. O apoio será dado a Riva para a primeira-secretaria e a presidência ficará a cargo da bancada governista, PFL, PPS ou PMDB, indicar.
MidiaNews - A Assembléia contará no ano que vem com treze novos deputados, uma renovação de mais de 50%. Você acredita que a renovação ajudará a melhorar o desempenho do legislativo?
Maksuês - Renovação é importante porque abre a possibilidade de novas idéias. Na reforma política eu defendo a fidelidade partidária, defendo que o parlamentar não pode eleger-se ao mesmo cargo mais que uma vez, defendo que precisamos ter um profundo zelo pela coisa pública. Sou contra a reeleição em mandatos do Executivo porque toda renovação significa mais determinação, mais trabalho, mais vontade. Sou defensor da troca, da mudança, do avanço. Quando você tem uma renovação dessas é uma indicação do povo de que é preciso seguir outro caminho.
MidiaNews - Blairo Maggi foi reeleito com 65% dos votos e você integra a base governista. Como é que você acha que deve se dar esse segundo mandato do governador?
Maksuês - O governador acertou muito no primeiro mandato, com o choque de gestão e moralidade, mas entendo que é preciso promover algumas mudanças. Vou sugerir como deputado eleito que ele invista em especial na Educação. Vejo falhas graves nesse setor. Ouvi muita reclamação nas ruas e vou levar isso ao conhecimento do governador. Outra questão. Precisamos definir as parcerias. Maggi foi um bom técnico, um governador que marcou o mandato, mas ele precisa nesta segunda gestão ser um pouco mais político. Tem que ter um diálogo mais aberto com os poderes, com os deputados, enfim, precisa ter uma mobilidade política maior, essa é a minha opinião. Maggi hoje tem uma situação consolidada dentro de Mato Grosso, mas para que alce vôos maiores, podendo até ser presidente da República ou um grande senador em nível nacional ele precisa dessa mobilidade política.
MidiaNews - O seu partido teve um bom desempenho nas urnas, elegeu dois deputados federais e quatro deputados estaduais. Qual será o papel do PP nesse futuro governo?
Maksuês - O PP é uma das maiores forças políticas no Estado com uma bancada de quatro deputados estaduais e dois federais. Mato Grosso é um estado periférico dentro da federação, depende muito de Brasília e de convênios, o que torna o PP um partido muito importante. Nós temos nosso peso e nosso tamanho. O governador já me disse que fará alterações no segundo mandato e creio que temos bons quadros preparados tecnicamente para ocupar espaço no governo, para ser gerente de gestão e colaborar com Mato Grosso.
MidiaNews - Quando o governador fala em uma administração técnica você não acha que ele se afasta um pouco do quadro político? E como não compor um segundo mandato mais político após a formação da ampla aliança partidária que o elegeu?
Maksuês - O governador ganhou a primeira eleição saindo do setor empresarial. Porém, nestes quatro anos ele se adaptou a política. Tanto é que ele se reelegeu bem e mostrou sua capacidade política ao costurar o arco de aliança que o apoiou. Então, no segundo mandato acredito que teremos um novo Maggi, com mais roupagem política, com mais mobilidade, jogo de cintura. Enfim, um governo mais político.
MidiaNews - Para encerrar. Lula ou Alckmin?
Maksuês - Eu sempre tive uma simpatia pelo Lula, na juventude, devido ao perfil da minha militância. Porém, o Lula decepcionou a mim e a milhões de brasileiros. Um governo corrupto, sem pulso, um governo que sequer fez a lição de casa de cuidar bem do erário. No primeiro turno já votei no Alckmin e agora vou trabalhar junto com a coordenação da campanha dele aqui em Mato Grosso. Quando alguns jornalistas falam que Mato Grosso não passa pelo mapa da eleição do Brasil, passa sim, meio por cento pode decidir uma eleição em um segundo turno disputado. Não é qualquer um que governa o estado de São Paulo como ele governou, por duas vezes. Tem preparo, determinação e o Brasil terá a chance de ter um dos maiores estadistas elegendo Geraldo Alckmin como presidente da República.
Fonte:
Midia News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/270270/visualizar/
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