Alckmin pediu apoio, diz Garotinho
O ex-governador chegou a anunciar, em reunião com prefeitos do Rio, que Moreira Franco será o coordenador da campanha de Alckmin no Estado. E até elogiou o governo Fernando Henrique Cardoso, colega de PSDB de Alckmin.
As declarações de Garotinho ocorreram no momento em que o PSDB e partidos aliados tentam colocar panos quentes no "racha" gerado pelo apoio dos Garotinho. A candidata do PPS ao governo do Rio, Denise Frossard, chegou a dizer, na quarta-feira, que não pediria mais apoio a Alckmin e defenderia o voto nulo. O prefeito do Rio, César Maia (PFL) também protestou e anunciou afastamento da campanha. Ele classificou o apoio como "beijo da morte" na candidatura Alckmin.
Denise recua Na quinta, o presidente do PPS, Roberto Freire, conversou com Denise. A candidata recuou da decisão de pedir voto nulo. "Não prego o voto nulo, ninguém pode votar nulo. Eu falei porque estava ferida e aquilo era uma armação (o anúncio do apoio dos Garotinho). Vou dar meu voto triste e solitário, mas me reservo o direito de não falar em quem". No fim do dia, depois de ser pressionada de novo pelo partido, ela mudou novamente de posição e pediu voto em Alckmin.
Apesar de Maia ter ficado fora dos holofotes, manteve, em sua lista de discussão, posição contrária à aproximação com os Garotinho.
Na Bahia, mais saia-justa Na tentativa de conseguir votos, Alckmin esteve nesta quinta Bahia e se comprometeu, se eleito, a fazer "parceira" com o petista Jaques Wagner, eleito para o governo estadual. Ele ainda disse que os dois estarão de "mãos dadas" em favor da Bahia. Esse discurso foi acertado na véspera pelas cúpulas do PSDB e PFL.
Mas, apesar de seguir à risca a orientação, o candidato não se livrou de constrangimento, patrocinado pelo PSDB baiano, adversário histórico do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), autor do convite da visita a Salvador.
Com a fisionomia fechada, Alckmin teve de ouvir do líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior, palavras hostis contra ACM. O deputado revelou que votou em Wagner, ou seja, contra Paulo Souto, candidato carlista.
Apesar da derrota do grupo político de ACM e do tucano Antonio Imbassahy para o Senado, Alckmin quis prestigiar os aliados, considerando que não seria elegante recusar o convite.
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