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Nacional
Sexta - 06 de Outubro de 2006 às 02:37
Por: Ernani Alves

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, admitiu, na noite desta quinta-feira, que a principal bandeira do seu governo, o programa Bolsa-Família, "até pode ser considerado assistencialista", mas alimenta milhões de famílias. Em ato político no Rio de Janeiro, Lula voltou a criticar o governo de Rosinha Garotinho (PMDB), alegando que a atual gestão fluminense não facilitou o acesso da população carente ao programa.

A declaração de Lula acabou deixando seu mais novo aliado, o candidato ao governo do Rio pelo PMDB, Sergio Cabral, presente no ato, numa situação incômoda. Ele foi apoiado pelo casal Garotinho durante todo o primeiro turno, mas aplaudiu a fala do presidente.

Lula também aproveitou a ocasião para criticar os oito anos de governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), embora não tenha citado nenhuma vez o nome do antecessor. Lula afirmou que seu projeto de governo é totalmente diferenciado do tucano, principalmente na área da economia. O presidente declarou ainda que o plano econômico que promoveu a maior política de distribuição de renda no País foi o Cruzado, numa clara provocação ao plano Real de FHC.

O presidente disse ainda que o "projeto do PT é diferente da gestão que acabou com boa parte do patrimônio público brasileiro, um projeto que vendeu empresas estatais e que usou o dinheiro para pagar a dívdia do governo.

Já Cabral, em seu discurso, aproveitou para comemorar apoio do presidente no segundo turno. Cabral afirmou que, se ambos vencerem, a parceria vai beneficiar o Estado na área de infra-estrutura.

Lula e Cabral estiveram reunidos na noite desta quinta-feira no primeiro ato de campanha dos dois desde o fim do primeiro turno, que reuniu dezenas de políticos do PMDB e do PT no auditório de uma faculdade no bairro do Flamengo, zona Sul do Rio. Entre os presentes estavam o senador eleito Francisco Dornelles (PP), o vice-governador Luiz Paulo Conde e até mesmo o candidato derrotado do PT, Vladimir Palmeira, que passou boa parte do primeiro turno criticando Cabral.




Fonte: Terra

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