Alckmin e Lula disputam eleitorado baiano

A Bahia se confirma como um Estado estratégico para os dois candidatos que disputam o segundo turno das eleições presidenciais. Na tarde de hoje, o tucano Geraldo Alckmin desembarca em Salvador para participar hoje de reunião fechada, convocada com deputados federais e estaduais ligados ao grupo carlista. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega na sexta-feira, quando, ao lado do governador eleito Jaques Wagner (PT), faz comício às 19h, no Farol da Barra.

A pressa de Alckmin justifica-se com a dimensão da tropa carlista, que, apesar de derrotada, não é pequena. E, se não mobilizada de pronto, pode acabar arregimentada pelo adversário, fortalecido agora com a conquista do Governo Estadual. Apesar disso, nenhum prefeito foi convidado para participar do evento, que contará somente com deputados estaduais, federais, senadores e o governador Paulo Souto (PFL). De acordo com o deputado ACM Neto, Alckmin deverá apresentar uma palavra de compromisso político com o grupo carlista e reconhecer, de público, o trabalho feito pelo PFL no Estado para sua campanha no primeiro turno.

As pesquisas no início da campanha indicavam que Alckmin teria 8% dos votos na Bahia, mas as urnas apontaram 26%, superando Pernambuco e Ceará. Já o governador eleito Jaques Wagner pretende aproveitar a onda pró-PT verificada nas últimas horas da campanha pelo Governo do Estado para atrair novos apoios a Lula e aumentar sua vantagem em relação ao tucano Geraldo Alckmin. Sua meta é fazer com que Lula obtenha 90% dos votos dos baianos em 29 de outubro, data do segundo turno da eleição presidencial. Lula obteve mais de 70% da preferência do eleitorado baiano no primeiro turno.