PT quer colar em Alckmin imagem de antinordestino
O governador eleito do Sergipe, Marcelo Déda (PT), vende a imagem do segundo turno entre Lula e Alckmin como uma versão invertida de um tradicional maniqueísmo eleitoral. "Normalmente quem está no poder representa a continuidade, e o candidato da oposição, o avanço. Agora se dá o oposto", raciocina Déda. Segundo ele, o projeto da oposição trata de forma preconceituosa o Nordeste. "Basta ver a maneira discriminatória com que o voto nordestino foi tratado por essas pessoas", diz. Além disso, o PT tenta impor a Alckmin a imagem de paulista demais para entender as necessidades do nordestino.
Marcelo Déda participou ontem de reunião no Palácio da Alvorada entre Lula e oito governadores aliados eleitos no primeiro turno. Chamados para reforçar a campanha, os governadores cobraram "mais rua" nas passagens de Lula pelos Estados. No primeiro turno, avaliaram, o presidente ficou preso demais no palanque, perdendo espaço no corpo-a-corpo. "Vamos às ruas de novo, senhor presidente, o povo está ansioso para revê-lo", pediu Déda.
A antecipação do debate sobre ética e a comparação entre os governos Lula e FH serão repetidos à exaustão na campanha petista, e essa orientação foi enfatizada pelo presidente na conversa com os governadores. "Eu acho que o povo brasileiro merecia uma discussão melhor, mas se quiserem enveredar por aí, vamos discutir a questão ética e colocar na mesa o que precisa ser colocado", disse o presidente.
Comentários