Conselho Ética discute processos contra deputados não reeleitos
O deputado José Carlos Araújo (PL-BA) defende prioridade para esses processos de modo que as acusações não sejam arquivadas ao final dos atuais mandatos. "Precisamos arranjar uma forma de correr com esses processos para que eles não morram com o decurso de prazo e para não sermos acusados de protelação", afirmou Araújo.
Eduardo Valverde (PT-RO) disse que também defende rapidez na apuração desses casos. Segundo ele, se esses processos não forem votados, haverá um desgaste político para a instituição (Câmara), e os não reeleitos concluirão os mandatos sem terem sido punidos com a perda dos direitos políticos por oito anos em uma eventual cassação.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), disse, em entrevista, ao chegar para a reunião que o trabalho de apuração será normal, sem prioridades para os processos contra os não reeleitos. Izar afirmou acreditar que a votação da maioria dos processos seja concluída até dezembro.
Um problema adicional para o Conselho é que 13 de seus integrantes também não se reelegeram no dia 1º de outubro, e pelo menos dois deles - os deputados Moroni Torgan (PFL-CE), que perdeu a disputa por uma vaga no Senado, e Cláudio Magrão (PPS-SP) - já pediram para serem substituídos.
O Conselho de Ética é formado por 15 titulares e 15 suplentes. Dos 49 deputados que respondem a processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara sob acusação de envolvimento com a máfia dos sanguessugas e concorreram nessa eleição, apenas seis foram vitoriosos.
Cinco deles foram reeleitos - Marcondes Gadelha (PSB-PB), João Magalhães (PMDB-MG), Pedro Henry (PP-MT), Welington Roberto (PL-PB) e Welington Fagundes (PL-MT). Além deles, o deputado Carlos Dunga (PTB-PB) foi eleito suplente na chapa de Cícero Lucena (PSDB-PB), que conquistou uma vaga no Senado.
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