Hartung viaja e evita falar no 2° turno
A viagem seria uma forma de Hartung ganhar tempo, enquanto o quadro político da disputa presidencial se define melhor. Eleito com a maior votação proporcional do País e com grande capacidade de transferência de votos, Hartung tem seu apoio disputado pelos dois candidatos à Presidência da República. A situação do governador, embora pareça confortável, é delicada. Eleito com o apoio de uma ampla aliança que reunia, entre outros, o PT e PSDB, Hartung agora está diante de um dilema.
O governador, que se filiou ao PMDB no início do ano, tem relações históricas com o PSDB. Ao mesmo tempo, cultiva boa relação com o PT e teve em Lula um aliado desde o início do primeiro mandato, quando o Estado estava mergulhado em uma crise financeira e ética sem precedentes.
Segundo o governador, o segundo turno presidencial só entrará em pauta na volta da viagem, após ele conversar com "as forças políticas" que o apoiaram e avaliar o quadro, para " tomar a melhor decisão para o Espírito Santo".
Hartung embarca para a Itália acompanhado da primeira-dama, Cristina Gomes, com o objetivo de descansar e se recuperar da campanha eleitoral. Durante a maior parte do tempo, Hartung conciliou a agenda administrativa do Estado com a agenda de candidato e só se afastou do cargo nas últimas semanas, quando percorreu quase todo o Estado.
Durante a ausência de Hartung, o vice-governador Lelo Coimbra (PMDB) assumirá o cargo. Coimbra foi o candidato mais votado para a Câmara dos Deputados no Espírito Santo no último domingo, com 120.821 votos. Esta será a 12a. vez que ele substitui Paulo Hartung.
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