Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Quinta - 05 de Outubro de 2006 às 02:57
Por: Téo Menezes

    Imprimir


A Justiça Federal de Mato Grosso autorizou a quebra do sigilo telefônico de 70 pessoas, entre elas do ex-coordenador de campanha do senador Aloizio Mercadante, Hamilton Lacerda, apontado como "o homem da mala" no escândalo da compra, pelo PT, do dossiê contra a administração tucana no Ministério da Saúde.

As ligações telefônicas de Lacerda podem auxiliar a identificar o local onde os petistas compraram os dólares e sacaram os reais que seriam entregues ao chefe da máfia das ambulâncias, Luiz Antônio Vedoin em troca das informações contra tucanos. a Justiça autorizou as quebras dos chamados extratos telefônicos, que trazem os dados cadastrais e todas as ligações telefônicas realizadas pelo investigado durante um determinado período, e as quebras cadastrais, feitas para identificar interlocutores frequentes dos envolvidos na operação de compra do dossiê.

As investigações devem envolver novos petistas na negociação das denúncias que seriam usadas contra candidatos do PSDB.

De acordo com a Polícia Federal, a quebra do sigilo poderá servir para se detectar a origem do dinheiro que seria pago pelo dossiê. As denúncias custariam R$ 1,7 milhão e seriam pagas ao empreiteiro ligado ao PT de Cuiabá, Valdebran Padilha, que participou da negociação em nome da família Vedoin.

Já foram quebrados os sigilos de Valdebran e do ex-policial federal Gedimar Pereira Passos, que também foi preso no último dia 15, no Hotel Ibis, em São Paulo, durante a negociação. Também foram alvos do pedido da PF, além de Hamilton, o empresário Abel Pereira e os petistas Jorge Lorenzetti (ex-coordenador de mídia e risco da campanha de Lula), Osvaldo Bargas (membro da campanha presidencial), Freud Godoy (segurança de Lula desde 89), e Expedito Veloso (ex-diretor do Banco do Brasil). A PF e nem a Justiça Federal confirmam os nomes. Temem prejudicar as investigações.

As investigações começaram no dia 15, após a prisão de Valdebran e Gedimar Passos. À época também foram detidos Paulo Roberto Trevisan e o seu sobrinho Luiz Vedoin, sócio proprietário da Planam e que continua no anexo 1 do Presídio do Pascoal Ramos, em Cuiabá. O prazo para o fim das investigações vence no dia 15 deste mês, mas há possibilidade de ser prorrogado.




Fonte: A Gazeta

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/270940/visualizar/