Vedoin depõem sobre parlamentares envolvidos com máfia dos sanguessugas
De acordo com a PF, os dois têm sido ouvidos "quase todos os dias" para prestar mais esclarecimentos e que essas informações coletadas hoje serão enviadas para o Congresso Nacional.
Os depoimentos da família Vedoin tem atingido em cheio políticos notórios do país, como o senador Ney Suassuna (PMDB-PB).
Na manhã de hoje, o senador Jefferson Peres (PDT-AM) recomendou ao Conselho de Ética do Senado a cassação de Suassuna, que é acusado de envolvimento na máfia das ambulâncias. Péres, relator do processo de Suassuna no Conselho, fez um duro discurso contra o senador peemedebista.
Disse que, embora não tenham surgido provas que atestem o envolvimento direto de Suassuna nas fraudes, o senador foi "leniente" ao permitir que seu ex-chefe de gabinete Marcelo Cardoso atuasse no esquema de liberação de emendas parlamentares para compra superfaturada de ambulâncias.
"Não há dúvida de que o senador não é um réu sem culpa, vitimado pelos assessores e pelos seus próprios erros. Ele sai desse episódio com a reputação trincada e a sua permanência no Senado iria fragilizar ainda mais a instituição", disse Peres.
"Não sou leniente. Sou uma pessoa que confio nos outros e fui traído", disse Suassuna, que chegou às lágrimas durante sua defesa verbal ao Conselho.
Suassuna acusou Peres de estar "procurando chifre em cabeça de cavalo" ao recomendar sua cassação com o argumento de que o atual sistema político parlamentar está falido, sem provas concretas de seu suposto envolvimento na máfia das ambulâncias.
"Essa utopia que Vossa Excelência procura não existe", afirmou o senador paraibano, que não conseguiu se reeleger ao cargo neste ano.
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