Para ex Ministro de FHC, Dossiê aumentou votos de Alckmin
Paulo Renato garantiu que, embora importante, a questão ética não será o tema principal no segundo turno. "Será realmente aprofundado, até por uma questão de tempo, pois não houve tempo de o País conhecer toda a verdade e acho que agora não tem como postergar a informação sobre a origem do dinheiro", frisou o peessedebista. O deputado eleito disse ter ouvido de Geraldo Alckmin que o foco será dado às propostas de governo do candidato.
"O País não pode mais perder tempo para crescer e gerar empregos. Temas importantes na área da educação, transportes, energia e saúde farão parte da nossa pauta", prometeu. "Se depender de mim - e o governador Geraldo Alckmin também tem essa visão - nós vamos ter um debate propositivo."
O deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), reeleito para o cargo, tem opinião semelhante à do ex-ministro Paulo Renato. Em entrevista ao Opinião Nacional, ele pediu que as propostas de governo não sejam deixadas de lado. "Nós temos que ter a maturidade política neste momento para equilibrarmos e termos um redutor da nossa adrenalidade política", ponderou o deputado. "É claro que essa discussão (sobre ética) não pode ser afastada do processo eleitoral nem deve ser afastada", opinou. "Mas nós temos que tentar uma discussão mais propositiva."
Para o deputado petista, o próximo governo deve dar prioridade total à reforma política, até para que consiga viabilizar as demais reformas que estão na fila. Entre as mudanças que ele avalia fundamentais, o voto distrital, o fortalecimento dos partidos e novas regras de financiamento eleitoral. "Para termos partidos fortes e uma condição de diálogo diferenciado na formação de maioria entre Executivo e Legislativo", referindo-se ao fisiologismo que acaba determinando o apoio de determinados parlamentares. E encerrou com um alerta: "Se não fizermos a reforma política, eu acredito que todas as outras - e a tributária, especialmente - serão profundamente atingidas".
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