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Politica Brasil
Quarta - 04 de Outubro de 2006 às 09:03

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A eclosão do escândalo da compra do dossiê teria sido fundamental para aumentar a votação do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) nas regiões Sul e Sudeste, compensando em parte a vantagem do presidente Lula na região Nordeste. A afirmação foi feita na noite de terça-feira (3), pelo ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza, eleito deputado federal (PSDB-SP), em entrevista ao programa Opinião Nacional, da TV Cultura. "E esse movimento eu acho que esteve associado, sem dúvida nenhuma, ao escândalo do dossiê", salientou. "Isso teve um efeito importante no resultado da eleição."

Paulo Renato garantiu que, embora importante, a questão ética não será o tema principal no segundo turno. "Será realmente aprofundado, até por uma questão de tempo, pois não houve tempo de o País conhecer toda a verdade e acho que agora não tem como postergar a informação sobre a origem do dinheiro", frisou o peessedebista. O deputado eleito disse ter ouvido de Geraldo Alckmin que o foco será dado às propostas de governo do candidato.

"O País não pode mais perder tempo para crescer e gerar empregos. Temas importantes na área da educação, transportes, energia e saúde farão parte da nossa pauta", prometeu. "Se depender de mim - e o governador Geraldo Alckmin também tem essa visão - nós vamos ter um debate propositivo."

O deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), reeleito para o cargo, tem opinião semelhante à do ex-ministro Paulo Renato. Em entrevista ao Opinião Nacional, ele pediu que as propostas de governo não sejam deixadas de lado. "Nós temos que ter a maturidade política neste momento para equilibrarmos e termos um redutor da nossa adrenalidade política", ponderou o deputado. "É claro que essa discussão (sobre ética) não pode ser afastada do processo eleitoral nem deve ser afastada", opinou. "Mas nós temos que tentar uma discussão mais propositiva."

Para o deputado petista, o próximo governo deve dar prioridade total à reforma política, até para que consiga viabilizar as demais reformas que estão na fila. Entre as mudanças que ele avalia fundamentais, o voto distrital, o fortalecimento dos partidos e novas regras de financiamento eleitoral. "Para termos partidos fortes e uma condição de diálogo diferenciado na formação de maioria entre Executivo e Legislativo", referindo-se ao fisiologismo que acaba determinando o apoio de determinados parlamentares. E encerrou com um alerta: "Se não fizermos a reforma política, eu acredito que todas as outras - e a tributária, especialmente - serão profundamente atingidas".





Fonte: G1

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