PSDB do Rio não se entende sobre apoio

O clima era tenso, ontem, na sede do PSDB do Rio de Janeiro. O partido reuniu-se para definir apoio a um dos candidatos ao governo do Estado no segundo turno, mas os correligionários não chegaram a um consenso.

Trancados por quatro horas e meia, tucanos defendiam e atacavam Denise Frossard (PPS) e Sérgio Cabral (PMDB). No fim da discussão, decidiram ouvir a opinião do candidato à Presidência, Geraldo Alckmin.

O xadrez político do Rio está cada vez mais complicado para o PSDB regional. No primeiro turno, Alckmin recebeu o apoio de Frossard, que há dois anos deixou o PSDB do Rio brigada com o ex-governador Marcello Alencar.

"Já adianto que a melhor proposta é a de não apoiar ninguém", disse Alencar, em tom de brincadeira. "Tive problemas com os dois. Mas não estamos aqui a serviço de nossa individualidade".

Eduardo Paes passou a campanha centrando fogo em Frossard. Ontem, voltou sua artilharia para Cabral. Mas não significa que as portas estejam fechadas para qualquer um dos dois candidatos. "Sérgio Cabral cometeu uma grande burrada ao aderir à candidatura do Lula", afirmou.