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Politica Brasil
Quarta - 04 de Outubro de 2006 às 06:56

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Um aperto de mãos em São Paulo deu um nó na política do Rio. Anthony Garotinho, presidente do PMDB fluminense, foi ontem com a governadora Rosinha Garotinho e a filha Clarissa levar apoio ao candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB). O gesto, um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter alinhavado apoio recíproco a Sérgio Cabral (PMDB) no estado, enfureceu o prefeito Cesar Maia (PFL), liderança que abriu as portas do Rio a Alckmin no primeiro turno.

"O apoio é um desastre. Com esta aproximação, Alckmin perde o discurso da ética, pois o 'mensalão' de Lula será comparado ao Propinoduto de Garotinho. E Rosinha fez o pior governo da História do Rio", disse. Com a aliança anunciada, Cesar promete sair de cena: "Se Alckmin andar com Garotinho no calçadão de Copacabana, vai levar a maior vaia da sua vida. Vai ter que se esconder com Garotinho nos grotões, sem lenço, sem imprensa e sem documento". PDT também negocia Confortável em campo inimigo, Garotinho não abandonou a rivalidade. "Nem tudo o que ele (Cesar Maia) fala deve ser levado a sério", alfinetou, atribuindo a irritação do prefeito ao fato de seu filho, o deputado federal Rodrigo Maia (PFL), ter conquistado menos votos à Câmara do que Geraldo Pudim (PMDB), a quem apoiou.

Em dia de negociar alianças, Alckmin menosprezou os estragos potenciais da rixa entre as duas lideranças do estado e lançou mão do discurso de que apoio não se joga fora. "Apoio se agradece", disse, ao lado do casal Garotinho e diante de um PMDB regional rachado, que um dia antes ignorou seu presidente e aliou-se ao presidente Lula.

O líder nacional da sigla, deputado federal Michel Temer (SP), que acompanhou Garotinho, assegurou, porém, que a maioria do partido apoiará o tucano. Garotinho negou ruptura na legenda. "Apóio Cabral, mas não subo no palanque com Lula, nem no da Denise Frossard (candidata do PSDB ao governo, apadrinhada por Cesar Maia). Faremos palanques para o Alckmin", disse. O tucano também negociou apoio do PDT, que apresentou pauta de reivindicações ligadas às leis trabalhistas. Futura reunião com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, tratará da possível coalizão.

Tucanos do Rio adiam decisão sobre apoio O PSDB do Rio adiou para amanhã a decisão sobre quem o partido vai apoiar no segundo turno no estado. Reunida ontem, a cúpula tucana no Rio decidiu esperar encontro com a Executiva Nacional, que pode ocorrer hoje, para decidir se apóia Sérgio Cabral (PMDB) ou Denise Frossard (PPS). "A prioridade para o PSDB do Rio é a vitória de Geraldo Alckmin", justificou o deputado Eduardo Paes, candidato derrotado ao governo.

Os tucanos fluminenses, porém, devem apoiar Frossard, apesar das desavenças de Paes com a juíza e com o prefeito Cesar Maia (PFL), mentor da candidatura dela. Durante a reunião, o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, telefonou pedindo à cúpula do partido para procurar Maia e Frossard para conversar. A decisão de Cabral de apoiar Lula também deve influir.

Os tucanos, no entanto, podem se dividir. Deputado estadual mais votado, José Camilo Zito disse que não apóia Frossard. Ele esteve com Cabral segunda-feira e revelou ontem que preferia o peemedebista: "Só vou trabalhar para o Alckmin".





Fonte: Terra

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