Maggi deve anunciar sua adesão a Lula

O governador Blairo Maggi (PPS) deverá anunciar, nos próximos dias, apoio à reeleição do presidente Lula. A possibilidade dele vir a defender a candidatura de Geraldo Alckmim (PSDB) à Presidência da República é mínima.

Maggi tem uma convivência difícil com os dirigentes tucanos do Estado, principalmente com o senador Antero de Barros, um dos seus adversários no último domingo. Além disso, o Estado espera receber, ainda este ano, cerca de R$ 200 milhões do governo federal referentes à Lei Kandir, ao ressarcimento da divisão e dívida da Conab. Segundo o procurador do Estado em Brasília, Chico Lima, a expectativa é do governo federal liberar esta semana em torno de R$ 70 milhões referentes ao ressarcimento da divisão. A maioria dos parlamentares federais, eleitos no domingo e que pertencem ao seu grupo vão apoiar a reeleição de Lula.

Apenas Homero Pereira (PPS) tende a apoiar Alckmin, para quem colaborou na elaboração da proposta para o setor do agronegócio. Os deputados federais reeleitos Wellington Fagundes (PL) e Pedro Henry (PP), os deputados federais eleitos Valtenir Pereira (PSB), Carlos Bezerra (PMDB) e Eliene Lima (PP) deverão apoiar o candidato petista. Por isso, a tendência é o pragmatismo de Maggi levá-lo a manifestar apoio a Lula. A sua decisão irá dividir a aliança que costurou para apoiar a sua candidatura à reeleição. O senador eleito Jaime Campos, junto com o PFL, irá apoiar o candidato tucano. Os pefelistas, inclusive, organizaram um comitê suprapartidário, no primeiro turno, pró-Alckmin.