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Cultura
Terça - 03 de Outubro de 2006 às 13:12

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Os super-heróis voltaram a fazer sucesso nos cinemas em meados do ano 2000, quando X-Men foi lançado. O gênero, no entanto, foi motivo de piada por três décadas, onde poucos filmes se salvaram e muitos caíram na "piada" generalizada, entrando até mesmo na lista dos piores longas do século.

Enquanto Superman bateu recordes mundo afora, outros trabalhos de baixo custo saíram para tentar pegar uma "parte" do lucro gerado por esses heróis. No entanto, as produções eram tão ruins, que nem os fãs se esforçavam em assistir de uma forma "séria". Levados na "brincadeira", esses filmes alcançaram seu papel na lista dos memoráveis, mas ainda são drasticamente criticados mundo afora.

As revistas Premiere e a Entertainment Weekly já trouxeram vários rankings do gênero, com filme sempre citados em outras publicações. Uma das maiores pérolas dos longas-metragens com heróis foi sem dúvidas Mestres do Universo, uma adaptação do clássico desenho He-man.

Produzido por Menahem Golam e Yoram Globus, o filme conseguiu pagar todos os seus gastos de produção, mas não se manteve pela fraca história e pela atuação de Douph Lundgreen, que interpretou o papel principal. O loiro mal falava, embora se parecesse bastante com o He-man dos desenhos.

A história, "mastigada" para reduzir custos, cortava quase toda a mitologia da produção e trazia os heróis do desenho animado para a Terra, fato que nunca aconteceu no original. Outras gafes incluem um vilão tipicamente humano e o ambiente moderno, tirando toda a "magia" característica da franquia. Courteney Cox, ridicularizada pela atuação em jornais como o New York Times, faz o papel de uma adolescente fervorosa.

Ainda na década de 80, a Supergirl chegou aos cinemas para cativar o público feminino que já havia "suspirado" com as proezas de Christover Reeve em Superman. Estrelado por Helen Slater, o longa "escorregou" na composição do roteiro.

Longe dos quadrinhos e de qualquer referência ao universo do homem de aço, o filme mostra uma feiticeira mística enfrentando a Supergirl, que seria uma espécie de prima do Superman. Na época das filmagens, uma boa quantia foi oferecida a Christopher Reeve para que ele pudesse fazer uma participação. Fracassou nas bilheterias, mas alcançou êxito nas típicas sessões da tarde, exibidas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

De acordo com a revista Premiere, Mario Bros., Mortal Kombat e Street Fighter dominam a década de 90 com os piores filmes de heróis.

Todos eles foram adaptados de jogos de videogame, que eram, em sua maioria, produzidos no Japão. No entanto, a indústria cinematográfica é concentrada em Hollywood, o que fez com que essas produções ganhassem uma cara americana, desagradando os fãs.

Em Street Fighter, por exemplo, Jean Claude Van Damme interpretou o personagem principal Guile, quando os personagens japoneses Ryu e Ken (por sua vez vividos por outros americanos) é que protagonizam a série de jogos.

Já Mario Bros. "pecou" pela falta de critério na adaptação. Sem orçamento suficiente para trazer as criaturas fantásticas do jogo idealizado pela Nintendo, a solução foi transformar os vilões em personagens humanos. Além disso, a equipe de roteiristas não conseguiu fazer uma história que tivesse uma relação com o game.

Outra trama que acabou fracassando foi a versão cinematográfica de Buffy - A Caça Vampiros. Saída em 1994, o projeto virou realidade nas mãos de Joss Whedon (que anos depois se envolveu na produção de X-Men e escreve o roteiro de Mulher-Maravilha), mas a Fox negou a usar a atmosfera sombria que o autor queria desde o começo. No lançamento, o filme tornou-se uma referência trash, embora tenha lançado atores como David Arquette e Hillary Swank.

A sorte de Joss Whedon foi que o longa-metragem foi bem aceito nas locadoras, fato que fez ele viabilizar a produção de um seriado da heroína. Anos mais tarde, Buffy tornou-se referência cult na TV, durou sete temporadas e até hoje é lembrado pelos fãs do mundo.

Nada, porém, causou mais risos do que Batman e Robin. A versão de Joel Schumacher foi citada em publicações como a Esquire, Entertainment Weekly, Premiere, New York Post e até no site Super Hero Hype como o pior filme do gênero.

O diretor, que fez uma versão "luxuosa" dos habitantes de Gotham City, trouxe roupas de borracha com mamilos, acessórios incríveis nunca citados, o vilão de pijama e pantufa, alteração na história dos personagens e toda uma série de "gafes" que os fãs do Homem-Morcego não conseguiram perdoar. O filme foi bem nas bilheterias, mas por um bom tempo George Clooney (que interpreta o papel original) teve que carregar a "cruz" da rejeição dos estúdios. O mesmo aconteceu com Chris O´Donnel e com o próprio Schumacher.





Fonte: Terra

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