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Politica Brasil
Terça - 03 de Outubro de 2006 às 10:02

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A campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno deverá ser mais agressiva, citando as denúncias de corrupção envolvendo o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, e irá priorizar, nas negociações de alianças, o apoio formal do PMDB. O sinal foi dado nesta segunda-feira à noite pelo pelo ex-ministro e deputado federal eleito Ciro Gomes (PSB-CE), dono da maior votação proporcional do País nessas eleições, e pelo coordenador de campanha à reeleição de Lula, Marco Aurélio Garcia, que concederam entrevista após reunião de coordenação política no Palácio da Alvorada. Garcia se disse "otimista" em conquistar o apoio formal do PMDB no segundo turno.

Ciro, que confirmou sua presença na campanha de reeleição de Lula no segundo turno, afirmou que assumirá o papel de rebater os ataques da coligação do tucano Geraldo Alckmin (PSDB-PFL) quanto ao caso do dossiê contra tucanos e no escândalo do mensalão.

"O presidente Lula tomou uma estratégia de apresentar o seu governo e fazer uma prestação de contas, mas os seus adversários fizeram essa opção lacerdista, sem o brilho de Carlos Lacerda, de aviltar o debate brasileiro e nisso tiveram o papel coadjuvante de uma parcela interessada da imprensa", disparou, para afirmar ainda que "a coalizão PSDB e PFL é responsável pelos mais graves escândalos impunes da história republicana brasileira".

Ciro disse que, se depender dele, os ataques não ficarão mais sem resposta. Ele citou, como supostos delitos da oposição, a suspeita de compra de votos para aprovar a reeleição de FHC e denúncias de irregularidades envolvendo o processo de privatização.

Ciro também mirou em Alckmin, ao lembrar a doação de vestidos de alta-costura para a mulher do candidato, Lu Alckmin, então primeira-dama do Estado de São Paulo. As vestimentas foram cedidas gratuitamente pelo estilista Rogério Figueiredo. Na época, Lu Alckmin disse que não ficou com as peças e as doou à caridade. Já o coordenador de Lula, Marco Aurélio Garcia, sinalizou que, além de tentar atrair o apoio do PMDB, também pretende procurar "outras forças que se comprometam a levar adiante o processo de transformação social e impedir o retrocesso social, político e econômico que uma vitória de Geraldo Alckmin representaria". Ele também mencionou as prizatizações na era FHC, afirmando que a eleição tucana seria uma "volta do governo da privataria".





Fonte: Terra

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