Só seis dos 50 sanguessugas voltarão ao Congresso
Outros 16 deputados processados pelo conselho desistiram de disputar a eleição depois do escândalo. No Senado, o único dos três acusados por envolvimento no esquema sanguessuga que tentou voltar, Ney Suassuna (PMDB-PB), não conseguiu. Outra acusada, a senadora Serys Slhessarenko (PT), ficou em terceiro lugar na disputa ao governo de Mato Grosso.
Mas o eleitor deu uma no cravo e outra na ferradura. Tirou os sanguessugas, mas não deu apoio aos presidentes das CPIs. O presidente da CPI dos Sanguessugas, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), não foi reeleito. O relator da comissão e ex-presidente da fracassada CPI dos Bingos, senador Amir Lando (PMDB-RO), perdeu a corrida pelo governo de Rondônia.
O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), foi derrotado na disputa pelo governo de Mato Grosso do Sul - André Puccinelli (PMDB) se elegeu. Mas Delcídio tem ainda quatro anos de mandato como senador.
O eleitor não perdoou o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciou ao mandato para fugir do processo de cassação, depois que foi acusado de cobrar propina para renovar contrato de concessão de restaurante na Câmara. Mas nem por isso ´recompensou´ o dono do restaurante, Sebastião Buani, que acusou Severino e tentou se aproveitar da exposição na mídia, lançando sua candidatura a deputado. Ele obteve 803 votos.
Mensaleiros Quanto aos mensaleiros, 5 dos 11 absolvidos pelo plenário da Câmara ganharam nova chance. Foram reeleitos os paulistas João Paulo Cunha (PT), José Mentor (PT) e Vadão Gomes (PP), Sandro Mabel (PL-GO) e o próprio Pedro Henry.
Paulo Rocha (PT-PA) e Valdemar Costa Neto (PL-SP), que renunciaram aos mandatos no ano passado para fugir do processo de cassação, também foram eleitos. Anteriormente conhecido como puxador de votos no PT, o ex-presidente do partido José Genoino (SP), um dos 40 acusados pelo Ministério Público de estar envolvido no esquema de mensalão, teve menos de 100 mil votos - apenas 0,49% dos votos para deputado federal -, ficando atrás de petistas menos populares.
O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) envolvido na quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo, se elegeu com 152 mil votos. Como deputado, terá direito a foro privilegiado nos processos judiciais que se acumulam contra ele.
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