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Internacional
Terça - 03 de Outubro de 2006 às 07:24

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As mortes causadas pelo tufão "Xangsane" após sua passagem pelas Filipinas e pelo Vietnã já se aproxima de 250, e o número pode aumentar com a chegada de informações sobre a situação em lugares mais remotos.

O jornal "Philippine Daily Inquirer", o de maior tiragem nas Filipinas, fala de 190 mortos na edição desta terça-feira (3). O número se baseia em dados obtidos de governos municipais e provinciais.

Segundo o jornal, foram 141 mortos nas províncias de Batangas, Cavite, Laguna, Quezón e Rizal, que formam a região conhecida como Calabarzon. Outras 25 pessoas morreram na região de Bicol, também na ilha de Luzon.

A lista cresce com oito mortes na capital do país, seis nas Visayas Ocidentais, cinco nas Visayas Orientais, dois em Luzon Central, uma em Cordillera, uma em Mimaropa e uma em Visayas Central.

A conta do Conselho Coordenador de Desastres Naturais (NDCC, sigla em inglês) é mais conservadora, devido à sua obrigação de confirmar cada dado que recebe. Portanto, o boletim desta terça só reconhece 78 mortos, 81 feridos e 69 desaparecidos.

O olho do furacão já deixou o país há cinco dias, rumo ao Mar do Sul da China, em direção ao Vietnã, mas muitas casas continuam sem energia elétrica e sem água.

A companhia elétrica Meralco, maior das Filipinas em número de clientes, previa solucionar o blecaute no domingo (1º). Mas reconheceu que os danos a suas infra-estruturas foram muito mais graves. Sem eletricidade, muitas casas não puderam ligar as suas bombas de água. Com um pouco de sorte, conseguem água durante a madrugada.

Há situações insólitas, como a de chalés do luxuoso bairro de Urdaneta, no privilegiado distrito financeiro de Makati. Eles ainda estavam sem luz nesta terça, enquanto o mercado de Zapote, formado por casas de madeira, foi um dos primeiros lugares de Manila a se iluminar.

Muitas ruas conservam ainda os galhos e árvores caídos, agora amontoados nas calçadas, à espera de serem retirados pela prefeitura.

O "Xangsane", um dos tufões mais destrutivos nas Filipinas nos últimos anos, afetou 1,9 milhão de pessoas. Considerando-se o corte de luz, causou transtornos a 40 milhões. Do total, 229.670 foram recebidas em abrigos. O tufão destruiu 56.778 casas e danificou outras 1512.664, segundo o NDCC.

As autoridades declararam o estado de calamidade em Manila, nas províncias de Albay, Cavite e Antigue e na ilha de Samar.

Os números oficiais no Vietnã são mais moderados: 41 mortos, 10 mil casas derrubadas e 200 mil parcialmente danificadas. As escolas estão fechadas pelo segundo dia. Equipes trabalham para restabelecer o fornecimento de energia elétrica e desobstruir as ruas.

O primeiro-ministro do Vietnã, Nguyen Tan Dung, ordenou, nesta terça, o envio de 1.500 toneladas de arroz para as províncias de Danang, Quang Nam e Thua Thien Hue, que, ao lado de Hoi An, são as mais afetadas.

O "Xangsane" perdeu força em seu caminho por terra rumo à Tailândia até desaparecer.

Enquanto Vietnã e Filipinas ainda lutam para voltar ao normal, os filipinos se preparam para receber "Bebinca", ou "Neneng", como eles chamam a tempestade tropical que avança em direção a Luzon e que pode se transformar num novo tufão.





Fonte: G1

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