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Politica Brasil
Terça - 03 de Outubro de 2006 às 07:22

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O G1 apurou que o clima era de muita frustração na reunião desta manhã da coordenação política do governo. Ninguém imaginava que haveria segundo turno nas eleições presidenciais. Estavam presentes à reunião, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça), Tarso Genro (Relações Institucionais), Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria-Geral) e Guido Mantega (Fazenda).

A reunião serviu para que fossem tomadas algumas decisões a fim de se tentar assegurar a vitória nas urnas no dia 29 de outubro. Ficou decidido que o presidente Lula não irá se afastar do cargo para fazer campanha, como sugerido por alguns ministros presentes. Lula não gostou da idéia.

Na reunião, avaliou-se que, entre outros fatores, o comando da campanha de reeleição do presidente tinha sido fraco, o que teria prejudicado o desempenho de Lula na urnas.

O presidente falou por telefone com Marco Aurélio Garcia, atual coordenador de campanha, que, como de praxe, colocou o cargo à disposição. Mas Lula não aceitou.

Resolveu, em vez disso, reforçar o comando com Ciro Gomes, Jacques Wagner e Marcelo Déda, todos vitoriosos nas eleições deste domingo (1º). Déda se elegou governador pelo estado de Sergipe, Jacques Wagner surpreendeu a todos conquistando o governo da Bahia logo no primeiro turno e Ciro Gomes se elegeu deputado federal pelo Ceará com a maior votação proporcional do país (16,19% dos votos válidos do estado).

Lula pediu a Marco Aurélio Garcia (coordenador de campanha) e Márcio Thomaz Bastos (ministro da Justiça) urgência na resolução do caso do dossiê contra candidatos tucanos. Lula quer o caso esclarecido antes do 2º turno, por avaliar que esse foi outro motivo do fracasso da tentativa de vitória no primeiro turno.

O presidente ligou pessoalmente para alguns políticos tentando costurar possíveis alianças para o segundo turno. Lula falou com Sérgio Cabral (PMDB), candidato ao governo do Rio de Janeiro que foi para o segundo turno, e Eduardo Braga (PMDB), que se reelegeu ontem governador do Amazonas.

Lula também ligou para Germano Rigotto (PMDB), que não se reelegeu ao governo do Rio Grande do Sul e Alceu Collares (PDT), que também concorria ao governo do Rio Grande do Sul, mas ficou em quinto lugar nas eleições. E Tarso Genro, ministro das relações institucionais do governo, também entrou no jogo ligando para Carlos Lupi, presidente do PDT, sondando sobre um possível apoio a Lula no segundo turno.





Fonte: G1

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