Resultado de 1º turno faz Lula reforçar comando da campanha
A reunião serviu para que fossem tomadas algumas decisões a fim de se tentar assegurar a vitória nas urnas no dia 29 de outubro. Ficou decidido que o presidente Lula não irá se afastar do cargo para fazer campanha, como sugerido por alguns ministros presentes. Lula não gostou da idéia.
Na reunião, avaliou-se que, entre outros fatores, o comando da campanha de reeleição do presidente tinha sido fraco, o que teria prejudicado o desempenho de Lula na urnas.
O presidente falou por telefone com Marco Aurélio Garcia, atual coordenador de campanha, que, como de praxe, colocou o cargo à disposição. Mas Lula não aceitou.
Resolveu, em vez disso, reforçar o comando com Ciro Gomes, Jacques Wagner e Marcelo Déda, todos vitoriosos nas eleições deste domingo (1º). Déda se elegou governador pelo estado de Sergipe, Jacques Wagner surpreendeu a todos conquistando o governo da Bahia logo no primeiro turno e Ciro Gomes se elegeu deputado federal pelo Ceará com a maior votação proporcional do país (16,19% dos votos válidos do estado).
Lula pediu a Marco Aurélio Garcia (coordenador de campanha) e Márcio Thomaz Bastos (ministro da Justiça) urgência na resolução do caso do dossiê contra candidatos tucanos. Lula quer o caso esclarecido antes do 2º turno, por avaliar que esse foi outro motivo do fracasso da tentativa de vitória no primeiro turno.
O presidente ligou pessoalmente para alguns políticos tentando costurar possíveis alianças para o segundo turno. Lula falou com Sérgio Cabral (PMDB), candidato ao governo do Rio de Janeiro que foi para o segundo turno, e Eduardo Braga (PMDB), que se reelegeu ontem governador do Amazonas.
Lula também ligou para Germano Rigotto (PMDB), que não se reelegeu ao governo do Rio Grande do Sul e Alceu Collares (PDT), que também concorria ao governo do Rio Grande do Sul, mas ficou em quinto lugar nas eleições. E Tarso Genro, ministro das relações institucionais do governo, também entrou no jogo ligando para Carlos Lupi, presidente do PDT, sondando sobre um possível apoio a Lula no segundo turno.
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