BC tem nome de compradores de dossiê, diz doleiro
A assessoria de imprensa do Banco Central confirmou a informação passada pelo doleiro, mas disse que a Justiça Federal de Cuiabá (MT) ordenou a quebra do sigilo apenas das operações superiores a US$ 10 mil. Segundo a PF, os dólares saíram de um banco de Miami, nos Estados Unidos, passaram pelo banco Sofisa, no Brasil, e acabaram na corretora EBS, entre outras.
De acordo com a Folha de S.Paulo, o doleiro Clóvis Costa confirmou que sua empresa costuma adquirir dólares da corretora EBS. Na semana da operação do dossiê, de 10 a 15 de setembro, segundo ele, não houve operações "de valor significativo", oscilando de US$ 2 mil a US$ 4 mil. O empresário, no entanto, confirmou a possibilidade de ter ocorrido várias aquisições pequenas por uma mesma pessoa, em nome de outras pessoas, para dificultar um futuro rastreamento.
A agência informa diariamente os nomes e endereços dos compradores dos dólares pela internet ao Sisbacen (Sistema de Informações do BC), independentemente do valor da aquisição. Porém, não há lei que obrigue os doleiros e o BC a registrar as operações pelo número das cédulas.
Os dólares foram apreendidos no último dia 15, com os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, que seriam os responsáveis pela compra do dossiê. O dinheiro foi entregue aos dois, no Hotel Íbis, em São Paulo, pelo ex-coordenador de campanha do senador Aloizio Mercadante (PT), Hamilton Lacerda.
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