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Politica Brasil
Segunda - 02 de Outubro de 2006 às 10:36
Por: Auro Ida

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O conselheiro do Tribunal de Contas do estado (TCE) e ex-governador, Júlio Campos, diz que o maior desafio do governador reeleito Blairo Maggi (PPS) será equacionar o problema de infra-estrutura (especialmente viária) e a educação. "O desenvolvimento de Mato Grosso só não é maior, porque enfrentamos o gargalo na área de transportes", observou.

Ele destacou que o potencial agrícola do Estado poderá ser explorado na sua totalidade se for equacionada o problema de escoamento da safra. "A ferrovia chegou até Alto Araguaia e continua parada lá, quando deveria vir, no mínimo, até Cuiabá", enfatizou, assinalando que, mesmo com todo potencial, Mato Grosso não explora o transporte hidroviário.

"Não tem lógica as nossas hidrovias não estarem funcionando", ponderou. Ao lado disso, Júlio Campos classificou como primordial a pavimentação da BR-163 até Santarém. "Esse é o porto de Mato Grosso, pois é por lá que a nossa produção deve ser exportada". O ex-governador lembrou que, em 1983, quando assumiu o comando do Estado, realizou obra visando a integração de Mato Grosso.

Júlio Campos lembrou que, na época, o Vale do Araguaia tinha uma ligação muito forte com Goiás. Para quebrar isso, ele pavimentou a BR-070, ligando Cuiabá a Barra do Garças e começou o asfalto da BR-158 que, até hoje, não foi concluída. "Trabalhamos também na pavimentação da BR-163 até Alta Floresta e da BR-364 até Rondônia", ressaltou. Além disso, ele implantou a rodovia ligando Tangará da Serra a Minas do São Francisco.

"Antes só se chegava a Aripuanã por Rondônia", enfatizou. Para Campos, o governador, que será eleito neste domingo, precisa também investir na educação, preparando "os nossos jovens para a era tecnológica". Ele alertou que se MT não se preocupar com a qualificação da sua mão-de-obra, voltada para informatização, ficará para trás e jamais ocupará o seu papel no país. "Acho que deveríamos ter um tratamento diferenciado, pois somos os maiores produtores de grãos".

O sucesso da sua administração, segundo confessou, foi ter conseguido aliar membros técnicos com políticos. "Se, de um lado, tinha o técnico Beluca (Eugênio Beluca, secretário de Planejamento), tinha, de outro o político Oscar Ribeiro (secretário de Administração). "Esse equilíbrio foi essencial para fazermos um bom governo", destacou. "Se fosse hoje governador, com certeza, cometeria, no máximo, dois ou três dos 100 erros que teria cometido", avaliou.




Fonte: A Gazeta

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