Parentes de vítimas de acidente aéreo enviam comissão a MT

Seis representantes dos parentes dos 155 ocupantes do vôo 1907 da Gol, que caiu em uma área de mata fechada do Mato Grosso na última sexta-feira (30), viajaram rumo ao local do acidente na manhã desta segunda, em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira). Na noite de domingo (1º), em nota, a Aeronáutica admitiu pela primeira vez que não houve sobreviventes. Informações iniciais apontam que a maioria dos corpos foram mutilados.

Em entrevista à Folha Online, os familiares afirmaram que a comissão enviada à mata não pretende ir à área onde estão os destroços do avião, mas quer fiscalizar o resgate dos corpos. Eles reclamam da demora na divulgação de informações sobre os trabalhos e dizem ter ficado "chocados" com a suposta frieza demonstrada pela diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Denise Abreu, em reunião realizada domingo.

No encontro, a diretora afirmou que, devido à altura que o avião caiu, seria "difícil encontrar um corpo inteiro".

De acordo com a FAB, os destroços estão espalhados por uma extensa região. Inicialmente, as buscas seriam feitas em uma área de aproximadamente 10 quilômetros, agora ampliada para 20 quilômetros quadrados. Também no domingo, as equipes da FAB localizaram e removeram os dois primeiros corpos de vítimas do acidente. Eles ainda não foram identificados.

Outra comissão de familiares deverá ser recebida ainda nesta segunda pelo ministro da Defesa, Waldir Pires.