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Repórter News - reporternews.com.br
Nacionalistas vencem eleições na Bósnia-Herzegovina
SARAJEVO - Os principais candidatos nacionalistas foram os vencedores das eleições presidenciais de domingo na Bósnia-Herzegovina, república balcânica que permanece dividida etnicamente onze anos depois do mais sangrento conflito na Europa após a Segunda Guerra Mundial.
Segundo os primeiros dados oficiais, dois dos três membros da Presidência colegiada do país serão o servo-bósnio Nebojsa Radmanovic e o muçulmano Haris Silajdzic. A representação croata é disputada por Ivo Miro Jovic e Zeljko Komsic.
Os resultados apresentados pela Comissão Eleitoral da Bósnia correspondem a 40% das urnas apuradas. Radmanovic, da União de Social-democratas independentes (SNSD), conquistou 56,2% entre os candidatos procedentes da entidade autônoma sérvia.
O ex-primeiro-ministro Silajdzic, do Partido para Bósnia-Herzegovina (SBiH), conseguiu 38,13%, contra 18,12% de seu principal rival, o atual co-presidente muçulmano, Suleiman Tihic. A diferença entre os dois candidatos croatas é mínima, com Jovic, da União Democrática Croata (HDZ), com 11,83%, e Komsic, do Partido Social-Democrata (SDP), com 11,42%, o que dá a entender que este resultado final ainda pode mudar.
Os candidatos muçulmanos e croatas concorreram pela Presidência da Federação da Bósnia-Herzegovina, entidade autônoma partilhada por essas duas etnias, o que explica a baixa votação para os croatas, que representam o menor grupo étnico do país. Os muçulmanos são o principal grupo étnico do país, com 48%, enquanto os sérvios representam 37% e os croatas 14%.
As vitórias de Radmanovic e Silajdzic são significativas, já que suas possições sobre o futuro da Bósnia-Herzegovina são diametralmente opostas. O partido unionista SBiH deseja eliminar as entidades para criar um Estado bósnio unificado, algo a que o SNDS considera uma ameaça contra os sérvios.
O croata Jovic disse durante a campanha que a postura de seu partido é ter uma Bósnia sem entidades, um país com três autonomias. Após o Acordo de Paz de Dayton (EUA) em 1995, a Bósnia foi dividida em duas entidades autônomas, uma para os sérvios e uma partilhada entre muçulmanos e croatas.
A comunidade internacional teme que a criação de uma terceira entidade poderia causar a desintegração definitiva da Bósnia e o possível estabelecimento de um pequeno estado muçulmano, sob influência de repúblicas islâmicas radicais.
A tensão entre os líderes dos diferentes grupos étnicos bósnios foi sentida já nas primeiras declarações de Radmanovic e Silajdzic, após a divulgação dos resultados na noite dedomingo. "Todos os que votaram por nosso partido sabiam que defendemos um Estado unificado da Bósnia", disse o candidato muçulmano.
Radmanovic respondeu com a advertência de que "uma colaboração será difícil se Silajdicz colocar em dúvida a existência da República Sérvia (da Bósnia)". A Bósnia é um dos países mais pobres da Europa, com uma renda per capita em torno dos US$ 2.500 anuais, e na qual mais de 40% da população não tem emprego.
O país tenta se aproximar da União Européia (UE), embora o tom nacionalista e agressivo da campanha eleitoral não garanta grandes avanços.
Segundo os primeiros dados oficiais, dois dos três membros da Presidência colegiada do país serão o servo-bósnio Nebojsa Radmanovic e o muçulmano Haris Silajdzic. A representação croata é disputada por Ivo Miro Jovic e Zeljko Komsic.
Os resultados apresentados pela Comissão Eleitoral da Bósnia correspondem a 40% das urnas apuradas. Radmanovic, da União de Social-democratas independentes (SNSD), conquistou 56,2% entre os candidatos procedentes da entidade autônoma sérvia.
O ex-primeiro-ministro Silajdzic, do Partido para Bósnia-Herzegovina (SBiH), conseguiu 38,13%, contra 18,12% de seu principal rival, o atual co-presidente muçulmano, Suleiman Tihic. A diferença entre os dois candidatos croatas é mínima, com Jovic, da União Democrática Croata (HDZ), com 11,83%, e Komsic, do Partido Social-Democrata (SDP), com 11,42%, o que dá a entender que este resultado final ainda pode mudar.
Os candidatos muçulmanos e croatas concorreram pela Presidência da Federação da Bósnia-Herzegovina, entidade autônoma partilhada por essas duas etnias, o que explica a baixa votação para os croatas, que representam o menor grupo étnico do país. Os muçulmanos são o principal grupo étnico do país, com 48%, enquanto os sérvios representam 37% e os croatas 14%.
As vitórias de Radmanovic e Silajdzic são significativas, já que suas possições sobre o futuro da Bósnia-Herzegovina são diametralmente opostas. O partido unionista SBiH deseja eliminar as entidades para criar um Estado bósnio unificado, algo a que o SNDS considera uma ameaça contra os sérvios.
O croata Jovic disse durante a campanha que a postura de seu partido é ter uma Bósnia sem entidades, um país com três autonomias. Após o Acordo de Paz de Dayton (EUA) em 1995, a Bósnia foi dividida em duas entidades autônomas, uma para os sérvios e uma partilhada entre muçulmanos e croatas.
A comunidade internacional teme que a criação de uma terceira entidade poderia causar a desintegração definitiva da Bósnia e o possível estabelecimento de um pequeno estado muçulmano, sob influência de repúblicas islâmicas radicais.
A tensão entre os líderes dos diferentes grupos étnicos bósnios foi sentida já nas primeiras declarações de Radmanovic e Silajdzic, após a divulgação dos resultados na noite dedomingo. "Todos os que votaram por nosso partido sabiam que defendemos um Estado unificado da Bósnia", disse o candidato muçulmano.
Radmanovic respondeu com a advertência de que "uma colaboração será difícil se Silajdicz colocar em dúvida a existência da República Sérvia (da Bósnia)". A Bósnia é um dos países mais pobres da Europa, com uma renda per capita em torno dos US$ 2.500 anuais, e na qual mais de 40% da população não tem emprego.
O país tenta se aproximar da União Européia (UE), embora o tom nacionalista e agressivo da campanha eleitoral não garanta grandes avanços.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/271934/visualizar/
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