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Politica Brasil
Segunda - 02 de Outubro de 2006 às 00:38

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Foi mais que uma comemoração. Geraldo Alckmin, que conseguiu chegar ao segundo turno na disputa com o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva, roubou a cena na festa tucana. O entusiasmo de Alckmin superou de longe o de José Serra, que venceu neste domingo a votação para governo de São Paulo.

"Vocês levaram a eleição para o segundo turno", disse Alckmin a militantes do PSDB, na festa de comemoração da eleição. "E o segundo turno vai mudar o Brasil", acrescentou com animação.

Mais cedo, o presidenciável havia dito que a ida ao segundo turno da eleição presidencial é uma enorme manifestação de confiança do povo brasileiro e prometeu um governo ético.

"Eu vou para o segundo turno com grande possibilidade de ganharmos a eleição. Vamos ter um governo ético, honesto e eficiente", disse Alckmin a jornalistas, em sua primeira declaração pública após o anúncio oficial sobre o segundo turno.

Serra está eleito governador, mas as bandeiras que tomaram conta dos festejos do PSDB eram todas de Alckmin, que começa os preparativos para o segundo turno mais afastado da imprensa. Uma grade rodeou seu carro e impediu o acesso de jornalistas até ele na madrugada desta segunda-feira.

"É duro ficar do lado dele. Ele que torceu contra", disse um auxiliar tucano para outro assessor, em referência à presença de Serra perto de Alckmin no palco da festa do PSDB.

Até o governador paulista, Cláudio Lembo (PFL), que chegou a dizer que Alckmin não alcançaria o segundo turno, estava na festa tucana. Quando sua presença foi anunciada, só o vice de Serra, o deputado Alberto Goldman, ensaiou um aplauso tímido.

Ao chegar, Lembo atacou os tucanos que não apoiaram a candidatura e ele mesmo reconheceu que não trabalhou pela campanha do antecessor: "foi uma vergonha, um constrangimento (a falta de apoio)."

"O mérito é só dele", disse a jornalistas.

As pessoas ao redor mostraram uma vibração semelhante à de um clima de vitória em segundo turno. Os brados ecoaram constantes: "Brasil decente, Geraldo presidente."




Fonte: Reuters

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