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Politica Brasil
Domingo - 01 de Outubro de 2006 às 19:52

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Acusado por supostas irregularidades à época em que era prefeito de Rolim de Moura, o governador Ivo Cassol (PPS), 47, chega a mais um mandato. Trata-se de um fato inédito no Estado desde 1998. Ele bateu os senadores Fátima Cleide (PT), 43, e Amir Lando (PMDB), 62. O governador reeleito nega irregularidades.

Investigações autorizadas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) apontam o governador reeleito como envolvido, juntamente com outros políticos, em um esquema de desvio de dinheiro público estimado em R$ 70 milhões.

Segundo a Polícia Federal, haveria uma folha paralela de pagamento na Assembléia Legislativa, investigada na Operação Dominó, desencadeada há dois meses.

O governador reeleito era filiado ao PSDB, mas saiu do partido para evitar que fosse expulso da sigla em decorrência das acusações de irregularidades. Ele migrou com seus aliados para o PPS.

Polêmica Embora tenha liderado toda a corrida estadual, Ivo Cassol viu seus índices nas pesquisas oscilarem nas últimas duas semanas ao se envolver em uma polêmica com o bispo de Ji-Paraná, Antônio Possamai.

O religioso divulgou um cartaz do governador pedindo para que os eleitores não votassem em políticos envolvidos em escândalos. "O governador foi o homem que deu cobertura, durante muitos anos, a todo esse sistema de corrupção. Não é nada melhor do que os outros", disse o bispo.

A coligação liderada por Cassol, "O Trabalho Continua", que abriga o PTN, PFL, PV e o PRONA, entrou com representação contra o bispo na Justiça Eleitoral, que acatou. O objetivo era impedir a distribuição de cartazes com fotos do governador junto com as imagens de 23 políticos investigados por suposto envolvimento no desvio de recursos públicos.

Uma das frases com compunham o material era "Chega de corrupção, propinas, falta de ética e impunidade. Você os conhece. Votaria neles?".

À época, França Guedes, advogado da coligação de Cassol, acusou a igreja de ser partidária de petistas. "O advogado do PT é o mesmo do bispo. Isso aí é para tentar alavancar a candidata petista [a senadora Fátima Cleide]. É lamentável que a igreja se envolva dessa maneira dentro do processo político."

Outros três candidatos disputaram o Palácio Presidente Vargas: Carlinhos Camurça (PSB), Adilson Siqueira (PSOL) e Edgar Nilo (PSDC). Porém o governador reeleito nunca se viu ameaçado pelos seus concorrentes, segundo as pesquisas.

Invasão Um outro fato tornou o clima tenso na reta final da disputa em Rondônia. A agência contratada para fazer a propaganda da candidata do PT ao governo, Fátima Cleide, sofreu tentativa de invasão. Segundo relatório de empresa responsável pela segurança no local, tratou-se de uma segunda tentativa.

Fátima Cleide disse ver relação do ato com a ameaça de morte que o bispo de Antônio Possamai teria sofrido na última semana de campanha. "É possível que exista uma relação entre essa tentativa de invasão com as intimidações ao bispo, já que o clima político tem ficado tenso com a perspectiva de segundo turno", disse à época.





Fonte: UOL

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