Secretário de Segurança do Mato Grosso afirma que há relatos de sobreviventes

O secretário de Segurança do Mato Grosso, Célio Wilson de Oliveira, informou que índios das aldeias Caiapó e Metutirê, que vivem na área próxima à queda do avião da Gol, dizem ter encontrado cinco sobreviventes. A informação teria sido repassada por rádio, das aldeias, mas é considerada "imprecisa" pelas autoridades e diverge dos relatos da equipe de resgate das Forças Armadas.

Os soldados e policiais estão chegando de helicóptero e descendo de rapel até o local do acidente, onde abrem trilhas na floresta para se aproximar dos destroços. De acordo com Oliveira, os corpos das vítimas estão sendo levados para a Base Aérea da Serra do Cachimbo. Até agora, nesse local, não foram encontrados sobreviventes, mas não está descartado que alguns deles já tenham sido efetivamente resgatados pelos índios.

O secretário mato-grossense afirmou ainda abriu um inquérito na Polícia Civil para investigar as causas e apurar as responsabilidades pelo acidente. O inquérito criminal deverá ser concluído no prazo de 30 dias, prorrogáveis se necessário, em paralelo ao inquérito também aberto pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e deverá apurar a possibilidade de o piloto do Legacy, que teria se colidido com o Boeing 737-800, ser enquadrado por homicídio culposo.

"Alguém errou, ao que tudo indica", disse Oliveira, acrescentando que as normas de tráfico aéreo são muito rígidas quanto à altitude e rota de vôo. "Como a região é de baixíssimo tráfego aéreo, isso reforça a suspeita de que houve erro humano". O secretário não quis antecipar se a suspeita maior de erro recai sobre o piloto do Legacy. O avião fabricado pela Embraer faria um pouso de abastecimento em Manaus. "Sabe-se apenas que esse avião estava no lugar errado", acrescentou.

A Secretaria de Segurança mandou equipes em helicópteros para ajudar no resgate dos corpos do local do acidente. Além de bombeiros, policiais civis e integrantes da Defesa Civil, há também peritos, um deles especialista em DNA, para trabalhar na identificação das vítimas. O delegado Luciano Inácio coordena as investigações.