Ex-assessor diz ter encontrado Gedimar 17 dias antes de prisão
Passos citou, no depoimento que prestou à PF logo após sua prisão, que "Froude ou Freud", dono de uma empresa de segurança, teria sido a pessoa que obteve o dinheiro para a compra do dossiê. O advogado de Godoy, Augusto de Arruda Botelho, disse não saber o motivo pelo qual o nome de seu cliente foi mencionado por Passos.
Segundo o advogado, seu cliente conheceu Passos ao acompanhar serviços particulares de varredura antigrampos telefônicos no comitê de reeleição de Lula e na sede do diretório nacional do PT, em Brasília.
Godoy teria apresentado ontem aos investigadores uma relação de chamadas telefônicas para comprovar que não conversou com Passos nos dias imediatamente anteriores à prisão. "Todos os contatos entre os dois foram em agosto. O último encontro pessoal, casual, se deu dia 29 de agosto na sede do PT. Todos os outros aconteceram na semana em que a empresa prestou os serviços", disse Botelho.
O depoimento de Godoy durou quase três horas. Diferentemente do primeiro, espontâneo, em que apareceu com barba por fazer e de camiseta, ontem Freud estava de terno bege e com a barba feita.
O advogado de Godoy disse que seu cliente "não conhece Hamilton, não sabe quem é", referindo-se a Hamilton Lacerda, ex-assessor do candidato ao governo de São Paulo Aloizio Mercadante (PT-SP).
Sobre Jorge Lorenzetti, ex-dirigente do Besc, o advogado disse que Godoy "não tem relação, mas conhece. Mas único contato foi para tratar desse assunto. Foi Lorenzetti quem apresentou Gedimar a Freud".
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