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Politica Brasil
Sábado - 30 de Setembro de 2006 às 08:11

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A assessoria jurídica da coligação PT-PCdoB-PRB, do presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, vai protocolar neste sábado, dia 30, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma ação de impugnação da candidatura do candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência, Geraldo Alckmin. A informação foi confirmada à Agência Estado pela assessoria de imprensa da coligação PT-PCdoB-PRB.

Um dos principais argumentos dos advogados que estão preparando a ação é de que a campanha do tucano está utilizando indevidamente os veículos de comunicação com a finalidade de prejudicar o candidato Lula, sobretudo com elementos do episódio do dossiê Vedoin.

A ação de impugnação da campanha de Geraldo Alckmin ainda não foi concluída, mas a assessoria de imprensa do candidato Lula assegura que ela será protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) amanhã, véspera do primeiro turno dessas eleições.

"O estopim para a ação de impugnação da candidatura Alckmin foi o vazamento das fotos do dinheiro apreendido pela Polícia Federal e cujo processo está sob sigilo de Justiça", disse uma fonte da campanha de Lula à Agência Estado.

As fotos Nesta sexta-feira, enquanto Hamilton Lacerda, assessor e operador da candidatura de Aloizio Mercadante ao governo do Estado de São Paulo, depunha na sede da Polícia Federal (PF), uma fonte entregou ao Estado as fotos com as pilhas de reais e dólares apreendidos no dia 15 de setembro, no hotel Íbis, em frente ao aeroporto de Congonhas (SP). O R$ 1,75 milhão (US$ 248,8 mil mais R$ 1,168 milhão) estavam com os petistas Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha.

Os dólares e os reais, como mostram as imagens do circuito interno de televisão do hotel, foram entregues a Gedimar e Valdebran por Hamilton Lacerda. O dinheiro era para comprar o chamado dossiê Vedoin, um conjunto de informações em poder do empresário Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia das ambulâncias, e que seriam usadas contra os tucanos, principalmente o candidato tucano ao governo do Estado de São Paulo, José Serra. O PT pagaria R$ 1,75 milhão a Vedoin. Valdebran, petista, empresário e tesoureiro de campanhas do PT no Mato Grosso, deveria receber o dinheiro e entregar os documentos a Gedimar.

A Polícia Federal escondeu as fotos das pilhas de dinheiro. A PF alegava que a exibição das imagens poderia ser usada pela oposição na campanha eleitoral e prejudicar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. Apesar de o "homem da mala", segundo as imagens de vídeo, ser Hamilton Lacerda, foi Gedimar, que integrava o comitê da campanha presidencial, em Brasília, quem recebeu o dinheiro. Por causa dessa "ponte" entre os comitês de Lula e Mercadante é que a PF montou, segundo a oposição, uma verdadeira "operação tartaruga" em torno das investigações do dossiê Vedoin.





Fonte: Agência Estado

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