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Politica Brasil
Quinta - 28 de Setembro de 2006 às 09:14

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O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) enfrenta aos 54 anos o desafio de tentar vencer Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais.

A tarefa do candidato tucano, no entanto, não se mostra nada fácil, já que as pesquisas eleitorais apontam para uma vitória de Lula ainda no primeiro turno, mesmo depois do recente escândalo que explodiu em torno do PT.

Mas isso não parece perturbar Alckmin, que segue com o lema de que o que vale mesmo são os votos e não as pesquisas eleitorais.

Sempre que pode, o candidato tucano lembra que depois de assumir o Governo de São Paulo, em 2001, após a morte de Mário Covas, conseguiu ser eleito no ano seguinte, apesar de não liderar as pesquisas na época.

O Governo de São Paulo, onde obteve uma aprovação de 71% durante sua gestão, foi o trampolim usado por Alckmin para lançar, em abril, sua candidatura à Presidência.

No entanto, para muitos analistas a boa impressão deixada em São Paulo não foi de muito valor, já que o ex-governador, um homem discreto, afável e apaixonado pelo Santos não tem carisma ou propostas suficientes para resistir ao magnetismo popular de Lula.

Nascido em 7 de novembro de 1952, na cidade paulista de Pindamonhangaba, Alckmin confiava em que sua imagem de administrador eficiente e de político honrado em um país cansado de escândalos de corrupção o ajudaria a conquistar votos, mas em suas viagens pelo interior do Brasil constatou que fora de São Paulo poucos conhecem seu histórico.

Na tentativa de conseguir um maior apelo popular a sua candidatura, os assessores de Alckmin o convenceram de que era melhor apresentar-se durante a campanha como Geraldo e não como Alckmin, um sobrenome de origem árabe e pronúncia difícil, mas que continua sendo adotado nas pesquisas eleitorais.

Católico e conservador, a ponto de alguns adversários o vincularem ao Opus Dei, Alckmin acredita piamente que apesar da adversidade e das dificuldades da campanha, conseguirá forçar neste domingo um segundo turno com Lula e que no dia 29 sairá como o vencedor das eleições.

"No segundo turno nossas possibilidades de vitória são muito grandes, porque nossa candidatura tem um índice baixo de rejeição.

Nosso adversário (Lula) terá um segundo turno difícil", afirmou recentemente.

Casado com Maria Lúcia, com quem teve Sofia, Geraldo e Thomaz, Alckmin é um homem rigoroso, e gosta de passar os dias de descanso em Pindamonhangaba, onde começou sua carreira política como vereador, aos 19 anos.

Aos 23 anos, foi eleito prefeito e, posteriormente, deputado estadual, deputado federal, vice-governador e governador, em uma rápida ascensão política que o obrigou a abandonar sua profissão de médico anestesista.

Por causa da coligação com o PFL, Alckmin escolheu como vice o senador José Jorge, uma figura ainda menos carismática que ele e que passou despercebida durante a corrida eleitoral.

Analistas políticos afirmam que o candidato tucano tem capacidade para governar o Brasil, mas apontam que sua campanha, carregada de propostas técnicas como o "choque de gestão", sofre da falta de emoção que tanto agrada ao povo e que Lula domina com mestria.





Fonte: EFE

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