Berzoini ainda vai às reuniões de campanha, diz Garcia
"Tenho conversado algumas vezes com o Berzoini. A passagem do bastão é limitada porque ele se preocupa com o partido, e eu me ocupo da campanha de reeleição", informou Garcia, depois de participar de seminário na Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio), na capital paulista.
O coordenador da campanha voltou a repetir que a tentativa de compra pelo PT de um suposto dossiê para prejudicar o ex-ministro da Saúde e candidato ao governo e São Paulo pelo PSDB, José Serra, foi uma "trapalhada tão grande que atrapalharia qualquer um". Conseqüentemente, prejudicou a campanha de reeleição de Lula. "Em vez de ocupar o seu tempo com a apresentação do programa de governo, o presidente passa, topicamente, a explicar o episódio do dossiê", declarou.
Segundo Garcia, o presidente Lula não tem mais nada a explicar sobre o episódio. O coordenador recusou a análise de que Lula poderia estar envolvido na trama por já se considerar reeleito no primeiro turno e, nesse cenário, dedicar sua atenção à eleição do governo de São Paulo, numa tentativa de levar o petista Aloizio Mercadante ao segundo turno. "Não seríamos idiotas, e quem o fez se comportou de forma idiota, de achar que mudaríamos a campanha de São Paulo com dossiê", argumentou.
Garcia acusou os partidos de oposição de "golpismo" por abrirem representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a candidatura Lula. "São perdedores que querem ganhar no tapetão." Além disso, disse que tucanos e pefelistas se comportam como o jornalista e deputado Carlos Lacerda, principal opositor do governo Getúlio Vargas. "Suspeito que há a visão golpista do processo brasileiro. Carlos Lacerda tinha uma frase que dizia: 'Não deve ser candidato; se for, não deve vencer; se vencer, não deve tomar posse; se tomar posse, não deve governar'. É isso que estão tentando fazer", declarou.
Nessa mesma crítica, a oposição estaria, segundo Garcia, tentando "melar" uma próxima administração Lula, alegando que o presidente enfrentaria problemas de governabilidade. "A governabilidade foi mantida no ano passado, apesar de toda a crise. Por que o presidente não manteria a governabilidade no ano que vem?", indagou.
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