Alckmin sugere que governo atrapalha investigações sobre dossiê
O tucano argumenta que a sociedade não consegue entender o motivo pelo qual os envolvidos ainda não tiveram seus sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados.
"Por que essa história de que tudo é depois da eleição? Não há nenhuma razão para um cronograma de crime ter um cronograma eleitoral", disse o tucano após participar de uma carreata e de uma caminhada pelo centro de Carapicuíba (25 km a oeste de São Paulo).
Questionado, então, se ele acreditava que a Polícia Federal estava agindo de forma partidária, ou seja protegendo o governo e, por conseguinte, o PT, Alckmin recuou. "A Polícia Federal tem uma história de trabalho, de competência. Agora, é óbvio que o governo não está facilitando as coisas", afirmou.
O ex-governador de São Paulo, no entanto, não aprofundou sua crítica. Apesar da insistência dos jornalistas, ele não explicou que tipo de medidas o governo estaria tomando para "não facilitar as coisas" no que diz respeito às investigações do caso.
Confiante
Alckmin também evitou responder se o episódio vai ajudá-lo a chegar ao segundo turno. "Nossa campanha já vinha num crescimento importante", limitou-se a dizer.
Na opinião do tucano, o eleitor é "sábio" e "não decide correndo". Baseado nessa crença, ele aposta que, na reta final do processo eleitoral, a população vai preferir levar a disputa presidencial ao segundo turno.
Debate
Sobre o debate da Globo, que será realizado nesta quinta-feira, Alckmin afirmou que "é dever" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparecer, por "respeito ao eleitor".
Ele, no entanto, não quis adiantar se cobraria de Lula as questões levantadas sobre a demora nas investigações do episódio do dossiê. "Assista ao debate amanhã [quinta]", desconversou.
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