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Politica Brasil
Quarta - 27 de Setembro de 2006 às 07:29

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O tema corrupção abriu o debate entre os candidatos ao governo da Paraíba realizado pela Rede Globo com as afiliadas Cabo Branco e Paraíba, retransmitido para todo o Estado. Mediados pelo jornalista Heraldo Pereira, ficaram lado a lado Davi Lobão (Psol), Cássio Cunha Lima (PSDB) e José Maranhão (PMDB). O envolvimento de diversos candidatos das duas principais coligações paraibanas nos escândalos de corrupção denominados máfia das sanguessugas e Confraria (de desvios de recursos federais a partir de fraudes em licitações da prefeitura da Capital) foi o gancho do discurso de Davi Lobão ao ser sorteado para fazer a primeira pergunta sobre o tema corrupção. "Nós sempre dissemos que esses dois senhores não têm diferença alguma. Falam contra a corrupção, mas se juntam com corruptos para fazer a campanha eleitoral", alfinetou durante sua réplica, alegando que nenhum dos parlamentares do Psol possui citação em ato de corrupção no Congresso.

Na Paraíba, os candidatos debateram ainda sobre os temas agricultura, transporte, saúde, saneamento e educação que foram sorteados. Nos temas livres, houve pouca variedade, mas se falou de estradas e problemas sociais provocados pela pobreza. Pelo menos dois assuntos importantes não foram bem explorados, como turismo e segurança que mereceram apenas citações breves em meio a respostas sobre outras discussões.

A questão de obras de hospitais paralisadas e funcionamento de unidades hospitalares no Estado foi assunto recorrente com informações desencontradas por parte dos candidatos José Maranhão e Cássio Cunha Lima. "Fizeram a toque de caixa um processo equivocado de municipalizações para retirar recursos do governo estadual e repassar às prefeituras no apagar das luzes. (...) Foi um ato de boicote. Afora essa sabotagem, encontramos 20 hospitais com obras paralisadas", denunciou o atual governador.

"As obras foram paralisadas no seu governo. Elas estavam em andamento. A situação de saúde no governo atual chegou a tal ponto que o próprio Ministério Público Federal teve que fazer uma intervenção para exigir a aplicação de recursos do Estado para adquirir medicamentos essenciais a doentes", rebateu José Maranhão.

Nervosismo Visivelmente nervoso no começo, o candidato José Maranhão deixou de fazer a primeira pergunta e quase perdeu o tempo para perguntar em outra oportunidade, sendo alertando pelo mediador. Ele também repetiu temas e, por diversas vezes, não explorou todo o tempo que dispunha para suas respostas ou réplicas.

Cássio Cunha Lima conseguiu apresentar um balanço de suas ações no atual governo, propostas para um segundo mandato, demonstrou tranqüilidade para sair das críticas que recebeu e soube aproveitar até mesmo o tempo das perguntas para opinar ou explanar idéias que não pôde fazer quando não estava com a palavra e foi citado nas declarações dos outros candidatos.

Davi Lobão se destacou com um discurso de oposição e foi responsável pelas perguntas mais críticas e declarações mais contundentes durante o debate. O candidato, que também é professor, aproveitou o tempo para divulgar o projeto do Psol no País, defendendo bastante a candidatura Heloísa Helena para a Presidência, sem deixar de contextualizar suas propostas para o Estado.

Embora os candidatos tenham trocados acusações, no único debate de televisão realizado na Paraíba, não houve ofensas. Nenhum candidato pediu de direito de resposta e nem houve desrespeito às demais regras estabelecidas. O mediador Heraldo Pereira quebrou o protocolo ao final para cumprimentar todos os candidatos, apertando a mão deles.





Fonte: Terra

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