Justiça mantém preso um dos empresários da máfia
Acompanhando parecer do Ministério Público, Marcos Alves alega que a decisão foi motivada "sob pena de colocar em risco a ordem pública e a conveniência da instrução criminal". O advogado Eloi Ricardo Refatti, que participa da banca que defende Luiz Antônio, deve recorrer ainda hoje ao Tribunal Regional Federal (TRF).
Com a decisão do juiz substituto da 2ª Vara Federal, que responde também interinamente pela 1ª Vara Federal, o sócio-proprietário da empresa Planam deve ficar na Gerência de Polícia em Cuiabá (Gepol) até o dia 15 de outubro, quando vence o prazo da prisão preventiva.
Luiz Antônio foi preso porque perdeu o benefício da delação premiada, pois, segundo o Ministério Público, teria conhecimento de novas irregularidades envolvendo a máfia dos sanguessugas e não teria informado à Justiça. O dossiê que seria vendido pelo empresário ao PT por R$ 1,7 milhão e usado contra candidatos do PSDB, como o presidenciável Geraldo Alckmin e o ex-prefeito José Serra, foi o motivo da prisão. O advogado Eloi Ricardo, no entanto, recorrerá ao TRF alegando que o seu cliente não escondeu nenhuma prova da Justiça. Argumenta que o dossiê encontrado pela PF com o tio de Luiz Antônio, Paulo Roberto Trevisan, já era de conhecimento público no momento da prisão. Os nomes de prefeitos, deputados e empresários ligados ao esquema de pagamento de propina e listados em uma agenda que compõe o dossiê também já seriam de conhecimento da Justiça antes mesmo das prisões do empreiteiro Valdebran Padilha e do ex-policial federal Gedimar Pereira Passos, responsáveis pela negociação do material.
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