FBI deve entregar amanhã relatório sobre os dólares do dossiê
O dinheiro foi encontrado com Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha no último dia 15, num hotel em São Paulo. Gedimar trabalhava no comitê nacional da campanha do presidente Lula à reeleição e Valdebran é empresário no Mato Grosso ligado ao PT.
A PF trabalha com duas hipóteses. Se o FBI indicar que o dinheiro saiu do Banco Central americano direto para o sistema financeiro brasileiro será mais fácil rastrear os recursos. Mas se partiu do Banco Central americano para bancos dos Estados Unidos e somente depois entrou no Brasil, as investigações devem ser mais complicadas. Neste último caso, a PF terá que acionar o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional).
O prefeito de Paracambi (RJ), André Ceciliano (PT), também será investigado. O "Jornal do Brasil" informou hoje que ele pode ser o "André" citado no depoimento de Gedimar Passos como a pessoa que entregou o dinheiro para a compra do dossiê --R$ 1,7 milhão. Chegou-se a especular que o "André" citado nos depoimentos dos envolvidos como um funcionário do Ministério do Trabalho. Fontes da PF informaram que o delegado já teria pedido ao Coaf para investigar as movimentações financeiras do prefeito. O prefeito nega o envolvimento no episódio.
Fitas e telefonemas
A PF também continua analisando os 31 DVDs com imagens da movimentação dos hóspedes no hotel Ibis, de São Paulo, onde foram presos Gedimar e Valdebran. Eles iriam comprar o dossiê que envolveria os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin com a máfia das ambulâncias. A PF também avalia os registros telefônicos do quarto em que os dois estavam hospedados para saber se há mais pessoas envolvidas no episódio.
Comentários