Ex-diretor do BB é suspeito de violar contas
Expedito também é suspeito de ter violado o sigilo bancário do empresário Abel Pereira, ligado ao PSDB e ao ex-ministro tucano da Saúde Barjas Negri - acusados pelos Vedoin de envolvimento com o esquema de venda de ambulâncias superfaturadas.
Por meio de nota divulgada ontem, o BB (que afastou Veloso da diretoria de Gestão e Risco por conta do dossiê) afirmou que, na primeira etapa de auditoria interna, Afonso Veloso não acessou diretamente qualquer das contas bancárias das pessoas envolvidas no caso, entre julho e setembro deste ano. Um alto funcionário do banco estatal entrevistado pelo jornal O Estado de S.Paulo afirmou, no entanto, que ainda não há evidências para absolver ou condenar Expedido. A possibilidade de o ex-diretor ter acionado um subordinado para invadir as contas está sendo investigada.
Expedito acusou ontem Jorge Lorenzetti, churrasqueiro e integrante da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de coordenar a operação para comprar o dossiê dos Vedoin em nome do presidente do PT, Ricardo Berzoini. O ex-diretor do BB também teria revelado a interlocutores que coletou 15 cheques ao portador, supostamente pagos por Vedoin a Pereira, para anexá-los ao dossiê e comprometer Abel.
"Ele quebrou o sigilo e devia estar preso", declarou Gabeira, que diz ter ouvido do próprio Expedito que o ex-diretor recolheu os cheques supostamente depositados para Abel. Para o deputado, essa seria uma evidência de violação de sigilo bancário.
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