PF quer saber origem do dinheiro
De acordo com Diógenes, a origem do dinheiro é uma das poucas coisas que faltam ser esclarecidas no inquérito. Sabe-se até o momento que o R$ 1,7 milhão que seria pago pelo dossiê contra candidatos do PSDB foi sacado em agências do Bradesco, Safra e Bank Boston no Rio de Janeiro e em São Paulo.
A acareação já havia sido planejada na semana passada. Só foi cancelado o encontro cara a cara do empreiteiro Valdebran Padilha e os demais envolvidos na negociação do dossiê porque o ex-policial federal Gedimar Passos, responsável por levar o material até à cúpula nacional do PT, não respondeu as perguntas da PF.
Outro motivo que levou a acareação foi a avaliação do procurador da República em Mato Grosso Mário Lúcio Avellar, que acredita que os depoimentos prestados até agora representam uma trama montada para ocultar a "verdade".
Luiz Antônio Trevisan Vedoin já admitiu que o dossiê foi montado por Valdebran, na expectativa do empreiteiro em pagar a dívida de R$ 800 mil originada com o acordo de pagamento e recebimento de propina a partir da apresentação de emendas parlamentares. A dívida de Valdebran se arrasta desde 2001 e estaria em aproximadamente R$ 800 mil. A venda do dossiê seria a única forma do empreiteiro quitar o valor. O acordo foi prontamente aceito por Luiz Antônio, que forneceu fotos, agenda, uma fita VHS e um DVD que continham imagens de políticos tucanos participando de cerimônias de entrega de ambulâncias em Cuiabá. O objetivo era vincular o alto tucanato com a máfia dos sanguessugas.
Estratégia - Além da acareação, a PF já decidiu investigar Ivo Spínola, cunhado de Luiz Antônio, e Abel Pereira, que teriam participação na máfia das ambulâncias.
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