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Politica Brasil
Segunda - 25 de Setembro de 2006 às 07:52

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Representantes da Justiça Eleitoral e da Polícia Federal estão montando uma verdadeira operação de desmonte de reuniões estratégicas de candidatos que tentam organizar sistema de boca-de-urna no dia do pleito 2006.

A equipe já foi a pelo menos quatro locais, apontados por denunciantes, que seriam alvo de encontros promovidos por postulantes para montar esquemas de aliciamento de eleitores no dia das eleições. Mesmo sem obter sucesso nos flagrantes até agora, a equipe está organizando novas movimentações, garantiu o auxiliar responsável pela Ouvidoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Gilson Henrique Carmo.

De acordo com Gilson, o número de denúncias referentes às reuniões montadas por candidatos para organizar boca-de-urna no dia das eleições tem crescido no órgão. “Todos os dias recebemos inúmeras ligações com detalhes de uma grande ação, organizada por postulantes em Cuiabá e Várzea Grande, para conseguir o aliciamento de eleitores no dia do pleito”, informou.

Todas as denúncias são imediatamente encaminhadas aos juízes eleitorais dos municípios. Diante do número expressivo de denúncias e por estarem seriamente embasadas, disse Gilson, os juízes eleitorais chamaram a Polícia Federal com o objetivo de prender os chefes do esquema por crime eleitoral.

Nos detalhes oferecidos pelos denunciantes, há informações precisas sobre a criação de uma grande logística feita pelos candidatos para abordagem das pessoas que deverão votar. A intenção dos juízes eleitorais e da Polícia Federal é quebrar o esquema na próxima semana, através de novos dados que estão sendo disponibilizados pelos denunciantes no TRE, por meio do Disque-Denúncia.

Gilson lembrou ainda que o nome dos denunciantes é mantido em sigilo, porém é importante a identificação para dar maior credibilidade às denúncias.

De acordo com o vice-presidente do TRE, desembargador e corregedor José Silvério Gomes, o tribunal não dispõe de equipe específica para efetuar a fiscalização da boca-de-urna no dia do pleito. Contudo, Silvério Gomes lembrou que a fiscalização deve ser feita pela sociedade e também pelos próprios candidatos.

Ele alerta que nas eleições quem for pego por boca-de-urna responderá por crime eleitoral, cabendo detenção dos envolvidos a perda do registro de candidatura dos postulantes. E se forem eleitos, poderão ter o mandato cassado.





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