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Politica Brasil
Sábado - 23 de Setembro de 2006 às 10:08

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A Polícia Federal está investigando se o dinheiro que seria usado para comprar o dossiê contra os tucanos foi retirado do Bradesco em São Paulo, de uma agência na Barra Funda, que funcionaria como uma central de distribuição de dinheiro, e de agências do BankBoston, em São Paulo, e do Banco Safra. Há ainda indícios de que parte do dinheiro em reais tenha sido retirada de outras duas agências de bancos em Duque de Caxias e Campo Grande, no Rio de Janeiro. Em uma das agências do Bradesco chegaram a ser feitos saques de R$ 15 mil.

A outra fatia, em dólares - um total de US$ 248 mil -, ainda não tem sua origem conhecida. A PF está apurando a participação de um megaempresário na operação, apontado como suspeito de entrar no Brasil com um jatinho particular trazendo uma quantia em dólares para gente graúda do Partido dos Trabalhadores.

A suspeita é de que o dinheiro tenha saído dos Estados Unidos via México e entregue a lideranças petistas em São Paulo. A Polícia Federal espera agora confrontar a informação com a documentação que ainda virá das autoridades americanas. 'A PF precisa resolver a questão da origem do dinheiro o mais rápido possível', alertou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).

Seu raciocínio é simples: se for rápida e eficiente, a PF ganha credibilidade e confiança da sociedade na apuração do escândalo do dossiê. Mas, se protelar, acabará dando razão aos que acusam o governo de estar usando a polícia para evitar que o escândalo comece a ser efetivamente investigado antes das eleições.

A investigação bancária não se limitará apenas a revelar quem retirou ou transportou o dinheiro da compra do dossiê. Um capítulo dessa operação será dedicado ao Banco do Brasil. Ali, a suspeita é de que o ex-diretor de Análise de Risco Expedito Afonso Veloso tenha quebrado o sigilo bancário de Abel Pereira, citado por Luiz Antônio Vedoin como um dos intermediários de um esquema de corrupção que envolveria o ex-ministro da Saúde Barjas Negri.

Expedito confidenciou a parlamentares da CPI dos Sanguessugas que foi o encarregado de coletar provas para o dossiê de Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam e chefe do esquema de venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras.





Fonte: 24HorasNews

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