Dossiê: Polícia Federal apura se empresário trouxe dólares
A outra fatia, em dólares - um total de US$ 248 mil -, ainda não tem sua origem conhecida. A PF está apurando a participação de um megaempresário na operação, apontado como suspeito de entrar no Brasil com um jatinho particular trazendo uma quantia em dólares para gente graúda do Partido dos Trabalhadores.
A suspeita é de que o dinheiro tenha saído dos Estados Unidos via México e entregue a lideranças petistas em São Paulo. A Polícia Federal espera agora confrontar a informação com a documentação que ainda virá das autoridades americanas. 'A PF precisa resolver a questão da origem do dinheiro o mais rápido possível', alertou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).
Seu raciocínio é simples: se for rápida e eficiente, a PF ganha credibilidade e confiança da sociedade na apuração do escândalo do dossiê. Mas, se protelar, acabará dando razão aos que acusam o governo de estar usando a polícia para evitar que o escândalo comece a ser efetivamente investigado antes das eleições.
A investigação bancária não se limitará apenas a revelar quem retirou ou transportou o dinheiro da compra do dossiê. Um capítulo dessa operação será dedicado ao Banco do Brasil. Ali, a suspeita é de que o ex-diretor de Análise de Risco Expedito Afonso Veloso tenha quebrado o sigilo bancário de Abel Pereira, citado por Luiz Antônio Vedoin como um dos intermediários de um esquema de corrupção que envolveria o ex-ministro da Saúde Barjas Negri.
Expedito confidenciou a parlamentares da CPI dos Sanguessugas que foi o encarregado de coletar provas para o dossiê de Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam e chefe do esquema de venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras.
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